Amunam leva roda de leitura para praças

De posse de livros com histórias infantis, meninos e meninas se revezam contando histórias e dando muita gargalhada à sombra de árvores.

Adolescentes da Amunam levam solidariedade

crianças e adolescentes do Projeto Dando a Volta por Cima da Associação das Mulheres de Nazaré da Mata visitaram o Abrigo Domingos de Azevedo Irmã Guerra.

Coração Nazareno realiza show em festival

O Maracatu Coração Nazareno, idealizado e organizado pela Associação das Mulheres de Nazaré da Mata, abriu o Festival Camará, em Camaragibe.

Grupos da Amunam se apresenta em polo junino

A Quadrilha Junina, composta por crianças e adolescentes do Projeto Dando a Volta por Cima abriu a festa no polo Circo do Forró, mostrando a todo o público presente todas as suas cores, animação e desenvoltura.

Eduardo Bolsonaro ameaça Moraes e diz que vai tirá-lo do STF.


 

Em live divulgada neste domingo (20/7), o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ameaçou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao dizer que um de seus objetivos é tirar o magistrado do seu cargo de ministro da Corte.

Confira:

No vídeo, Eduardo está comentando sobre carta que publicou após o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ser alvo de operação da PF e medidas cautelares impostas pelo STF.

“O tempo todo a gente tem que expor o nível de várzea que é o Moraes com a caneta do STF. O ideal seria ele fora do STF. Trabalharei para isso também, tá, Moraes? Então, quando a gente fala que o visto foi só o começo, é porque o nosso objetivo será te tirar da Corte. Você não é digno de estar no topo do Poder Judiciário. E eu tô disposto a me sacrificar para levar essa ação adiante”, disse Eduardo.

Eduardo também ironiza agentes da PF ao questionar se o delegado Fabio Shor, responsável pelas investigações da trama golpista no âmbito policial, não o conhece. “O couro é duro, a guerra não acabou, vai vir mais sacrifício aí pela frente. Eu sei disso, mas eu tô disposto a ir até as últimas consequências. Será que o Barroso tá?”, afirmou.

Fonte: Jornal Metrópole.

Dispositivo que protege mulheres ainda não chega a todas as vítimas em Pernambuco, aponta MPPE


 

As marcas de violência, o medo e feridas que levam tempo para sarar marcam as vidas das vítimas de violência doméstica em Pernambuco que sofrem com perseguições e ameaças, mesmo após denúncias às autoridades. Diante disso, nesta segunda-feira (21), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) lança o Medida Protetiva Eletrônica, para agilizar a proteção às mulheres vítimas de violência doméstica.

De acordo com o TJPE, a vítima poderá requerer diretamente pelo celular ou por um computador uma Medida Protetiva de Urgência (MPU) para se proteger de seu agressor. Imediatamente o pedido chegará a um juiz. A Justiça destaca que, com isso, não será necessário sair de casa para ir a uma delegacia ou contratar advogado.

Uma ferramenta que já está em uso pelas vítimas de violência doméstica é a Unidade Portátil de Rastreamento (UPR), que serve como forma de proteção e alerta caso o agressor se aproxime além do permitido por lei.

Em Pernambuco, 286 vítimas utilizam o dispositivo, que funciona por meio de um sensor de aproximação. Apesar do número de mulheres que utilizam este equipamento parecer alto, um levantamento do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) aponta que o uso da UPR ainda está abaixo da capacidade instalada, com 736 agressores monitorados e menos de 300 vítimas com o dispositivo.

O estado tem capacidade contratada para até 1.200 unidades em operação. Diante disso, a Corregedoria-Geral do Ministério Público publicou uma recomendação aos promotores de Justiça para reforçar a eficácia das medidas protetivas destinadas a vítimas de violência doméstica e familiar.

A recomendação, assinada pela corregedora-geral do MPPE, procuradora de Justiça Maria Ivana Botelho, também prevê a solicitação do uso de dispositivos de rastreamento eletrônico pelas vítimas e a priorização da conversão de prisão em flagrante em prisão preventiva nos casos em que houver risco evidente de novas agressões.

No texto, a procuradora leva em consideração as recentes alterações na Lei Maria da Penha, que passou a permitir que o agressor seja monitorado eletronicamente e a vítima receba uma UPR. A medida vale como medida protetiva de urgência.

“Cabe ao Ministério Público zelar pela legalidade, aplicação de medidas cautelares, pela efetividade da proteção de urgência em favor das vítimas e integridade do custodiado”, afirmou Maria Ivana Botelho.

Em entrevista ao Diario de Pernambuco, a procuradora explicou que o MPPE decidiu emitir a recomendação após se deparar com a lacuna entre os números de vítimas que usam a UPR e os dispositivos ainda disponíveis.

“Quando a gente tomou conhecimento do número grande de dispositivos que estão ociosos, a gente fez a recomendação, porque esse é mais um motivo para dar mais segurança para as vítimas. Elas ficam com o com esse dispositivo e, se houver a presença do do agressor, elas clicam no botão e de imediato a rede de segurança é acionada. Pode ser a guarda municipal, a Polícia Militar, Polícia Civil, entre outros diversos organismos que atuam nessa questão preventiva de violência”, detalha Maria Ivana Botelho.

No entanto, a corregedora-geral destaca que a ausência de determinação judicial é um dos principais obstáculos para a ampliação do uso da UPR. Por isso, recomenda que os promotores solicitem, de forma expressa nos autos, que as decisões de monitoramento eletrônico dos agressores sejam acompanhadas da disponibilização do dispositivo de segurança para as vítimas.

A procuradora também esclareceu que “com essa recomendação, todos os membros do Ministério Público ficaram cientes e espera-se que eles passem a pedir a entrega desse dispositivo às vítimas nas audiências de custódia”.

A recomendação também enfatiza a importância de comunicar previamente a vítima ou seu responsável legal antes de conceder liberdade provisória ao agressor. A orientação é que essa comunicação seja feita por ligação telefônica, mensagem de texto ou aplicativo de mensagens, garantindo à vítima tempo hábil para adotar medidas de proteção adicionais, se necessário.

Mais de 27 mil casos de violência em seis meses

Pernambuco registrou 27.767 mulheres vítimas de violência doméstica e familiar no primeiro semestre de 2025, de acordo com dados da Secretaria de Defesa Social (SDS-PE).

O interior concentrou 14.454 vítimas no semestre, o equivalente a cerca de 52% do total estadual; a Região Metropolitana do Recife respondeu por 8.424 casos, aproximadamente 30%; e a capital registrou 4.889 ocorrências, algo em torno de 18% do volume contabilizado no período.

Na série mensal, março apresentou o maior número de vítimas, com 5.197 registros, enquanto junho teve o menor patamar do semestre, com 4.321. Os demais meses tiveram os seguintes totais: janeiro, 4.784; fevereiro, 4.281; abril, 4.637; e maio, 4.547.

 “A gente tem dentro do Ministério Público um núcleo de apoio que abrange as vítimas dos mais diversos tipos de violência. A gente vê chegar na Justiça os casos de violência física e a pior forma dela, que é o feminicídio. Mas tem muitas outras, como a violência psicológica, a emocional e a financeira. Todas elas podem terminar em sua forma mais grave, que é a violência física”, alerta a procuradora Maria Ivana Botelho.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Bolsonaro fez flagrante confissão de obstrução de Justiça, diz Moraes


 

Em decisão divulgada há pouco pelo Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes escreveu que o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo fizeram uma “confissão flagrante” de atos criminosos para coagir e obstruir a Justiça brasileira, motivo pelo qual decidiu impor medidas cautelares contra Bolsonaro.

Eles respondem pelos crimes de crimes de coação no curso do processo (Art. 344 do Código Penal), obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa (Art. 2º, § 1 º, da Lei 12.850/13) e abolição violenta do Estado Democrático de Direito (Art. 359-L do Código Penal).

Pela decisão, Bolsonaro deverá cumprir recolhimento domiciliar entre 19h e 6h de segunda a sexta-feira e em tempo integral nos fins de semana e feriados; ser monitorado com tornozeleira eletrônica; não manter contato com embaixadores, autoridades estrangeiras e nem se aproximar de sedes de embaixadas e consulados.

 As medidas foram solicitadas pela Polícia Federal (PF), com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Para o ministro, as condutas de Bolsonaro e filho caracterizam “CLAROS e EXPRESSOS ATOS EXECUTÓRIOS e FLAGRANTES CONFISSÕES DA PRÁTICA DOS ATOS CRIMINOSOS, em especial dos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e atentado à soberania”.

O ministro salientou que as condutas criminosas ocorrem à luz do dia, em publicações em redes sociais e entrevistas e pronunciamentos a veículos de mídia.

A decisão traz imagens de posts de Eduardo na rede social X e de entrevistas a canais de TV como CNN em que o filho do presidente defende a taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de 50% sobre produtos brasileiros.

Ao anunciar a medida, Trump deu entre as justificativas o que chamou de "caça às bruxas" contra Bolsonaro.

“As ações de JAIR MESSIAS BOLSONARO demonstram que o réu está atuando dolosa e conscientemente de forma ilícita, conjuntamente com o seu filho, EDUARDO NANTES BOLSONARO, com a finalidade de tentar submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado estrangeiro, por meio de atos hostis derivados negociações espúrias e criminosas com patente obstrução à Justiça e clara finalidade de coagir essa CORTE no julgamento da AP 2.668/DF.”

A ação penal 2668 tem como alvo Bolsonaro e mais sete aliados, entre militares e civis, todos acusados pela PGR de ter encabeçado uma tentativa fracassada de golpe de Estado, cujo objetivo seria manter o ex-presidente no poder mesmo após derrota eleitoral.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Lula diz que não aceitará intromissão de país estrangeiro no Brasil



O presidente Lula disse, nesta quinta-feira (17), que não aceitará que um país estrangeiro se intrometa no Brasil. O mandatário também afirmou, durante o congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), em Goiânia, que o país deve taxar as grandes empresas de tecnologia, as chamadas big techs.Descrição: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1651180&o=nodeDescrição: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1651180&o=node

“Ele disse: ‘Eu não quero que as empresas americanas, as empresas de plataforma, sejam cobradas no Brasil’. Vou dizer uma coisa, o mundo tem que saber o seguinte: esse país só é soberano porque o povo brasileiro tem orgulho desse país. E eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e vai cobrar imposto das empresas americanas digitais. Nós não aceitamos que, em nome da liberdade de expressão, você fique utilizando para fazer agressão”, destacou o presidente.

O Brasil passou a ser investigado nos Estados Unidos por práticas comerciais supostamente injustas, após pedido de Donald Trump. Entre as justificativas estariam ações contra redes sociais pertencentes às big techs, com responsabilização sobre a publicação de usuários, e a concorrência do Pix com os meios de pagamentos digitais oferecidos pelas empresas de tecnologia norte-americanas.

Tarifaço

O presidente dos Estados Unidos anunciou, na semana passada, uma taxação de 50% sobre a importação de produtos brasileiros. Donald Trump alegou ainda que um dos motivos eram as ações judiciais contra Jair Bolsonaro, que é julgado no STF. O ex-presidente é acusado dos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio público.

Lula ressaltou que o governo brasileiro busca negociar com os Estados Unidos desde abril, quando foram anunciadas as primeiras taxações contra países estrangeiros. O presidente também acusou Bolsonaro e sua família de traição à pátria:

“Eles, agora, têm que ser tratados por nós como os traidores do século XX e do século XXI da história desse país. Ele que não venha mais falar da bandeira verde-amarela. Ele que tenha vergonha, se esconda da sua covardia e deixe esse país viver em paz, porque eles não tiveram nenhuma preocupação com os prejuízos que essa taxação vai trazer ao povo brasileiro, que vai trazer à indústria, à agricultura, ao serviço, ao salário do povo. Nenhuma preocupação!”

Tragédia

Durante o congresso da UNE, o presidente Lula também se reuniu, de forma reservada, com estudantes do Pará que sobreviveram a um grave acidente de trânsito no trajeto para o evento estudantil. Após a colisão do ônibus em que estavam com uma carreta, cinco pessoas morreram e mais de 70 ficaram feridas. Lula determinou apoio da Força Nacional do SUS para prestar a assistência médica necessária, além de oferecer transporte para o retorno dos estudantes a Belém.

Fonte: Rádio Agência


Uso político das emendas parlamentares influencia nas eleições


 

O uso político das emendas, especialmente em ano pré-eleitoral, segundo o cientista político e economista, Sandro Prado, tem “implicações diretas sobre a competição eleitoral”. “Deputados e senadores tendem a concentrar recursos em redutos eleitorais, utilizando obras e serviços financiados por emendas como ativos eleitorais personalizados, mesmo que desvinculados de políticas públicas estruturadas”, afirma.

O resultado disso, nas palavras do especialista, é uma campanha eleitoral financiada pelo Tesouro Nacional, “com direito a inauguração, faixa de agradecimento e selfie no Instagram”.

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em estudo encomendado pelo deputado federal Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ), avaliou que há poucos indícios de que os recursos das emendas gere algum "efeito positivo na qualidade de vida e na provisão de serviços públicos”.

“O impacto social dessas emendas é, em muitos casos, residual ou concentrado, não provocando transformações estruturais nas regiões beneficiadas”, observa o cientista político e economista, Sandro Prado.

Gastos tiveram crescimento

Segundo uma análise preliminar do estudo do Ipea, de 2014 a 2023, ocorreu um aumento significativo de despesas empenhadas por emendas parlamentares federais.

Em 2014 o valor somado foi de R$ 2,7 milhões, enquanto chegou à R$ 125 milhões em 2023, segundo o estudo.

De acordo com o Ipea, o crescimento do gasto público proveniente de emendas parlamentares se dá por mudanças institucionais que alteraram a distribuição de poderes sobre o orçamento.

“Se antes o Poder Executivo era quem tinha a decisão final, agora é obrigatória a execução das emendas orçamentárias individuais e de bancada, sendo que pelo menos 50% delas devem ser aplicadas na saúde. Além disso, emendas individuais têm uma modalidade de repasse que dispensa a associação a programas do governo federal (as transferências especiais, conhecidas como “emendas Pix”)”, afirma a pesquisa. 

Recursos devem ir para obras ou serviços

As emendas parlamentares representam a parte do Orçamento que tem sua destinação definida de acordo com a indicação de senadores, deputados federais e estaduais e vereadores, que selecionam obras ou serviços públicos que devem receber os recursos, geralmente aplicados nas suas bases eleitorais.

As emendas federais são direcionadas ao orçamento da União, emendas estaduais ao orçamento dos estados e emendas municipais ao orçamento de cada cidade.

No caso das federais, entre os principais tipos de emendas parlamentares ao Orçamento da União estão as emendas individuais, conhecidas como emendas Pix, criadas pela Emenda Constitucional 105/2019, em que cada deputado federal ou senador destina os recursos; as emendas de bancadas dos estados e Distrito Federal, onde os parlamentares dos estados, em conjunto, fazem a destinação; e as emendas de comissões permanentes do Congresso, nas quais comissão permanente da Câmara, do Senado ou Mista pode apresentar sugestões de destinação de recursos.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Emendas parlamentares se tornaram moedas de troca para o Legislativo


 

“Mais do que simples moeda de troca, as emendas se transformaram no centro gravitacional da política orçamentária brasileira, com impactos diretos sobre a autonomia do Executivo, a coerência das políticas públicas e a accountability (obrigação dos agentes públicos de prestar contas de suas ações e decisões) dos representantes eleitos”. A análise do cientista político e economista Sandro Prado demonstra como as emendas parlamentares alimentam o “toma lá, dá cá” da política, sobretudo em ano pré-eleitoral.

De acordo com Prado, em um contexto em que os partidos políticos são pouco “programáticos", as emendas são um “recurso altamente valorizado para garantir apoio político, especialmente em votações de interesse do governo”.

Hoje, tanto o presidente Lula (PT) quanto a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSD), vivenciam embates com parlamentares tendo a liberação das emendas como pano de fundo das discussões.

Se no cenário federal em meio à derrubada do decreto que aumentava as alíquotas do IOF, o governo federal pagou apenas na última semana de junho R$ 1,6 bilhão em emendas parlamentares para senadores e deputados federais, incluindo um montante de R$ 24 milhões para emendas do presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). A previsão é que as emendas federais, este ano, ultrapassem os R$ 50 bilhões.

Em Pernambuco, o governo de Raquel Lyra liberou recentemente, R$ 188 milhões da verba para concluir o pagamento das emendas de 2024, após o desgaste com a Assembleia, especialmente em relação à aprovação de um empréstimo de R$ 1,5 bilhão que está travado no legislativo desde março deste ano.

Para Prado, o pagamento do montante ao Congresso em paralelo à derrubada do decreto do IOF se caracteriza como “uma medida crucial para a estratégia fiscal do governo. “Essas emendas foram liberadas como quem molha a mão antes de pedir um favor”, sentencia.

Já em Pernambuco, segundo o especialista, esse movimento evidencia a fragilidade institucional na articulação entre Executivo e Legislativo, que tem mostrado que a forma de governar de Raquel vem sendo “condicionada à liberação de emendas, especialmente após a institucionalização das emendas impositivas nas constituições estaduais”.

Prado não enxerga avanço democrático, mesmo com o Legislativo mais “protagonista”. Segundo ele, “se observa menos protagonismo institucional e mais protagonismo individual. Cada parlamentar atua como prefeito honorário de sua base eleitoral, com suas prioridades”.

Ao analisar os cenários, o cientista político Hely Ferreira também avalia que permanece a prática política do “toma lá, dá cá” que privilegia os interesses individuais em detrimento do interesse público.

“Os interesses pessoais e familiares estão muito mais pautados e priorizados do que as questões públicas, daí a sociedade assiste esse cenário de uma moeda de 'toma lá, dá cá”, que parece não ter fim", afirmou Ferreira.

Fonte: Diário de Pernambuco.

EUA abre investigação sobre práticas comerciais do Brasil


 

O governo do presidente Donald Trump abriu nesta terça-feira (15) uma investigação contra o Brasil por suas práticas comerciais e "ataques" às "empresas americanas de redes sociais", informou o representante comercial Jamieson Greer.

Na semana passada, Trump ameaçou o Brasil com tarifas de 50% sobre seus produtos exportados aos Estados Unidos. O fez, em parte, como castigo pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

Nesta terça, Washington foi além ao cumprir sua ameaça de abertura de uma investigação sobre o Brasil, como prometeu fazer na carta destinada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que anunciava as novas tarifas aduaneiras aplicáveis a partir de 1º de agosto caso nenhum acordo seja alcançado antes disso.

"Por ordem do presidente Trump, lanço uma investigação sob a Seção 301 sobre os ataques do Brasil às empresas americanas de redes sociais, bem como outras práticas comerciais injustas que prejudicam empresas, trabalhadores, agricultores e inovadores tecnológicos americanos", declarou o representante comercial Greer, citado em comunicado.

A seção 301 da lei de comércio de 1974 aborda práticas estrangeiras desleais que afetam o comércio dos Estados Unidos.

"As barreiras tarifárias e não tarifárias do Brasil merecem uma investigação exaustiva e, possivelmente, medidas corretivas", acrescentou Greer.

As autoridades americanas vão se concentrar em diversas práticas comerciais.

Washington investigará o comércio digital e serviços de pagamentos eletrônicos para avaliar se prejudicam as empresas americanas. Cita como exemplo as restrições à prestação de serviços no país e a tomada de represálias "por não censurar o discurso político".

Isso parece fazer referência ao bloqueio, por decisão judicial, da plataforma Rumble, popular para o compartilhamento de vídeos entre grupos conservadores, por se negar a suspender a conta de um usuário residente nos Estados Unidos e foragido da Justiça brasileira por difundir desinformação.

O governo Trump também investigará as "tarifas preferenciais injustas" que, segundo ele, o Brasil concede "às exportações de certos parceiros comerciais globalmente competitivos", sem citá-los.

Além disso, acusa o Brasil de "incapacidade" para "aplicar medidas anticorrupção e de transparência" e de aparentemente negar "a proteção e o cumprimento" dos direitos de propriedade intelectual.

Quanto ao etanol, o governo Trump se queixa porque o Brasil abandonou "sua disposição para oferecer um tratamento praticamente livre de tarifas ao etanol americano" e, em seu lugar, aplica tarifas aduaneiras "substancialmente mais altas" aos Estados Unidos do que a outros países.

Por último, assegura que "Brasil parece não aplicar de forma eficaz as leis e regulações desenhadas para deter o desmatamento ilegal, o que mina a competitividade dos produtores americanos de madeira e produtos agrícolas".

Fonte: Folha de Pernambuco.

Comissão aprova PEC que atrasa em dez anos a inclusão total dos precatórios na meta fiscal


 

Uma proposta de emenda constitucional (PEC) aprovada nesta terça-feira, 15, em comissão especial na Câmara dos Deputados permitirá ao governo retirar os gastos com precatórios (dívidas judiciais da União) do limite de despesas do arcabouço fiscal.

A medida prevê que essas despesas voltarão a ser computadas na meta fiscal em 2027 a uma velocidade de 10% ao ano - o que pode retardar em dez anos a incorporação total desses gastos bilionários no resultado das contas públicas.

O texto ainda precisa ser votado no plenário da Câmara. A iniciativa dá saída a uma incerteza em relação ao Orçamento de 2027, uma vez que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2023 previa que todo o pagamento deveria ser inserido na contabilidade oficial em 2027 - atualmente, parte é paga dentro das regras fiscais e parte fica fora.

Como se trata de uma despesa estimada em cerca de R$ 125 bilhões pelo governo, especialistas em contas públicas avaliavam que ela acabaria comprimindo todos os demais gastos, inviabilizando o funcionamento da máquina pública. Ou seja, haveria a necessidade de uma solução pelo governo.

A relatoria da PEC 66, como foi numerada, foi entregue ao deputado Baleia Rossi (MDB-SP), presidente do partido da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, responsável pela elaboração da peça orçamentária.

Além da velocidade mais lenta para a incorporação dos precatórios federais, a PEC também institui limite para o pagamento de precatórios pelos municípios e abre novo prazo de parcelamento de débitos dos municípios com seus regimes próprios de Previdência Social e com o Regime Geral de Previdência Social

Os gastos com precatórios também ficarão de fora do limite do teto de gastos do arcabouço fiscal - esse limite é reajustado anualmente ao limite de até 2,5% ao ano acima da inflação - já a partir de 2026. Eles não voltarão mais a ser computados no teto de gastos.

Com essa retirada, a PEC prevê que a base de cálculo do teto seja recalculada, levando-se em conta o valor sem os precatórios em 2025 e corrigindo só a partir daí. Isso, por si só, não abrirá espaço para novos gastos do governo em 2026, na visão de Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos.

"Em princípio, tais mudanças não implicam aumento do espaço fiscal em relação à situação atual estabelecida pelo STF em 2023 Hoje, os precatórios excedentes ao subteto são excluídos do limite de despesas do Novo Arcabouço Fiscal. Com a mudança proposta, todos os precatórios serão subtraídos, mas o limite de despesas será reduzido no valor do subteto", escreveu, em relatório distribuído a clientes.

Mas, em outro capítulo, o governo Lula conseguiu, na proposta, um bônus para gastar mais em pleno ano eleitoral. Baleia Rossi incluiu um dispositivo que permite ao governo incorporar no teto de gastos de 2026 os R$ 12,4 bilhões adicionais que resultaram do recálculo da projeção de inflação usada na regra que fixa o limite de gastos.

Tiago Sbardelotto, especialista em contas públicas da XP Investimentos, afirma que a PEC "antecipa a solução de um problema que surgiria em 2027 com a reinclusão dos precatórios dentro do limite de despesas e da meta de resultado primário, o que levaria a um colapso de ambas as regras", mas diz ver problemas que atrasam o ajuste das contas públicas.

"Primeiro, (a PEC) permite que se inclua R$ 12,4 bilhões de créditos adicionais referentes à diferença de inflação do fim e do meio do ano passado na base do limite (de gastos), algo que não estava previsto na regra original e que poderia gerar um espaço adicional para os próximos anos", disse. "Segundo, a incorporação de 10% ao ano do valor de precatórios no cálculo da meta nos parece excessivamente gradual. Seria melhor uma mudança mais rápida para que a meta reflita de forma mais fidedigna o esforço fiscal."

O parecer apresentado por Baleia Rossi foi negociado com o governo e substitui a proposta original do relator, que previa classificar o principal dos precatórios e Requisições de Pequeno Valor (RPVs) como despesa primária; e os juros e a correção, como despesa financeira.

A avaliação interna era de que essa medida poderia abrir um espaço fiscal bilionário, mas comprometeria a transparência.

Na avaliação de integrantes da equipe econômica, essa nova regra proposta na PEC impõe um desafio adicional ao estrear justamente em 2026, ano em que ainda haveria o "waiver" concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para os precatórios, o que reduz o espaço fiscal disponível e justifica a necessidade de incorporar os créditos no limite.

O governo também conseguiu emplacar no parecer uma redução do teto para classificação de pagamentos como RPV, que caiu de 60 para 40 salários mínimos. Essa mudança amplia o montante a ser pago via precatórios e reduz o valor destinado às RPVs.

Segundo técnicos da equipe econômica, isso gera um alívio momentâneo nas contas públicas, já que o prazo de pagamento das RPVs é de 60 dias.

De acordo com o economista Marcos Mendes, diante da incapacidade do governo de promover um ajuste fiscal, a solução adotada para os precatórios na PEC representa uma alternativa menos prejudicial do que a manobra contábil de classificá-los como despesa financeira.

Isso porque, segundo o economista, evita distorções no registro contábil desses pagamentos e oferece uma saída gradual para a questão dos precatórios, incorporando-os paulatinamente ao resultado oficial e forçando o governo a se ajustar à medida que os recursos vão voltando para a conta. "E não há uma ação oportunista de aumentar o teto a pretexto de resolver a questão dos precatórios", emendou.

O parecer também inclui uma mudança que antecipa o prazo de apresentação, pelo Poder Judiciário ao Poder Executivo, do montante total dos débitos decorrentes de precatórios, permitindo que o governo federal tenha essa informação antes do envio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias ao Legislativo.

Segundo Mendes, essa medida aprimora o planejamento ao permitir maior precisão sobre o valor a ser pago em precatórios. Haverá um pequeno benefício para quem entrar em 2027, já que os precatórios daquele ano vão cobrir apenas o período de abril de 2025 a janeiro de 2026, ou seja, menos de um ano de acumulação. No entanto, esse efeito se ajusta a partir de 2028, segundo ele.

Fonte: Folha de Pernambuco.

Trump sobre tarifa ao Brasil: “Estamos fazendo isso porque eu posso”


 

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (15/7) que decidiu taxar o Brasil em 50%, a maior taxa dentre as anunciadas a 24 países, porque ele pode fazer isso e quer “dinheiro entrando” no país.

“Estamos fazendo isso porque eu posso fazer. Ninguém mais seria capaz. Temos tarifas em vigor porque queremos tarifas e queremos o dinheiro entrando nos EUA”, disse Trump no gramado da Casa Branca, após ser questionado sobre o motivo da taxação diferenciada ao Brasil.

Mais cedo, ao comentar o andamento do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Trump afirmou que Bolsonaro “não é seu amigo”, mas que o conhece e o considera um líder que atuou com firmeza em prol de seu país.

A declaração foi feita na Casa Branca, após Trump ser informado sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que Bolsonaro seja condenado pelos seguintes crimes: tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, líder de organização criminosa, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União.


Pedido de condenação

A manifestação de mais de 500 páginas encaminhada à Corte reforça a denúncia apresentada pela PGR em fevereiro e recapitula os principais pontos da acusação.

Gonet afirma que “as evidências são claras: o réu [Jair Bolsonaro] agiu de forma sistemática, ao longo de seu mandato e após sua derrota nas urnas, para incitar a insurreição e a desestabilização do Estado Democrático de Direito”.

O procurador-geral da República ainda diz, sobre Bolsonaro, que “as evidências revelam que o ex-presidente foi o principal coordenador da disseminação de notícias falsas e ataques às instituições, utilizando a estrutura do governo para promover a subversão da ordem”.

Por isso, ele pede a responsabilização de Bolsonaro pelos crimes.


“Caça às bruxas”, volta a dizer Trump

Trump voltou a classificar o julgamento como uma “caça às bruxas”, expressão que já usou em outras ocasiões, como na carta enviada à Lula, na semana passada, para impor tarifas de 50% aos produtos brasileiros.

“Ele não é meu amigo, mas é alguém que conheço. Representa milhões de brasileiros, pessoas maravilhosas. Ama o Brasil e lutou muito por essas pessoas. Agora querem prendê-lo. Isso me parece uma caça às bruxas, e acho muito triste”, afirmou o presidente norte-americano.

Trump também ressaltou que teve contato direto com Bolsonaro durante seu mandato e que, embora tenham se enfrentado em negociações comerciais, viu no ex-presidente brasileiro um governante comprometido com os interesses do seu povo.

Fonte: Jornal Metrópole.

Decreto sobre reciprocidade prevê rito mais célere para contramedidas provisórias


 

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), destacou que o decreto publicado nesta terça-feira, 15, que regulamenta a Lei de Reciprocidade prevê um rito mais célere para que o governo tome "contramedidas provisórias, que terão caráter de excepcionalidade". O instrumento deve ser usado pelo governo após o aviso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que irá taxar produtos brasileiros em 50% a partir de 1º de agosto.

O decreto formaliza a criação do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, presidido pelo MDIC, com a participação dos ministérios da Fazenda, Casa Civil e Relações Exteriores (MRE). Outras Pastas poderão ser convidadas a participarem das reuniões do colegiado.

Caberá ao MDIC avaliar os efeitos comerciais e setoriais e à Fazenda avaliar os efeitos econômicos das medidas unilaterais sobre a competitividade dos setores produtivos nacionais. Já o Itamaraty irá avaliar a violação de eventuais compromissos internacionais firmados com o Brasil. Esse comitê poderá adotar de forma mais rápida medidas extraordinárias de reciprocidade.

O decreto também regulamenta o processo para a adoção de medidas de reciprocidade de forma ordinária. Nesse caso, os pleitos dos setores produtivos deverão ser submetidos ao Comitê-Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex), que terá até 30 dias - prorrogáveis por mais 30 - para deliberar sobre o enquadramento dos pedidos e a aplicação de medidas.

"É responsabilidade do MRE, de acordo com o decreto, a notificação do parceiro comercial afetado em cada fase do processo, tanto para as contramedidas provisórias quanto para as ordinárias. As consultas diplomáticas serão realizadas em coordenação com o MDIC, ouvindo, quando for o caso, os demais órgãos integrantes da Camex", completou o MDIC.

Fonte: Folha de Pernambuco.

Produtores brasileiros começam a sentir efeitos da taxação dos EUA


 

Produtores brasileiros aguardam reuniões e medidas do governo brasileiro para reverter ou mesmo minimizar a taxação anunciada pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de 50% sobre todas as exportações brasileiras ao país norte-americano a partir do dia 1º de agosto. Para alguns setores, o momento é de apreensão e espera, para outros, os impactos já começaram a ser sentidos.

O setor de pescados é um dos que foram imediatamente impactados. De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), pelo menos 58 contêineres com 1.160 toneladas de pescados que seriam destinadas aos Estados Unidos perderam os compradores e terão que retornar aos produtores.

“Os embarques que seriam feitos agora chegam em agosto. Pelo timing aí do translado dos contêineres eles já chegariam sob essa nova tarifa. Então, os compradores de lá suspenderam as compras, suspenderam os embarques”, disse o diretor executivo da Abipesca, Jairo Gund.

Segundo Gund, os EUA respondem por 70% do mercado externo brasileiros de pescado. Somente de tilápia, o país é o destino de 90% do produto. Os contêiners que tiveram as compras canceladas eram de congelados. O mercado de produtos frescos, feito por avião, segue normalmente.

Os mais impactados são os produtores mais vulneráveis, afirmou Gund.

“O principal item de exportação é a lagosta. A lagosta é vista como um produto de gente rica, mas quem produz é gente pobre. É peça artesanal. Então, o impacto nesse público é direto. Quem vai sofrer não é que quem vai comer lagosta, vai sofrer quem produz. Quem produz são pessoas de baixa condição social, geralmente de comunidades tradicionais”, ressaltou.

A Abipesca está entre as entidades que se reunirão nesta terça-feira (15) com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin.

A principal demanda será pelo menos adiar a taxação para o setor em 90 dias, para que a produção já contratada possa ser escoada. Além disso, os produtores pedirão que se discuta a exclusão dos pescados das tarifas, uma vez que o Brasil representa menos de 1% da importação americana dos itens, acrescentou a Abipesca.

“A gente está no meio da safra das principais espécies. E com contratos andando”, informou a associação. “Que a gente consiga, sensibilizar o governo americano de tirar o pescado, pelo menos. Porque a gente representa menos de 1% de todo o abastecimento americano, de tudo o que eles importam. É pouco para eles, mas muito para nós.”

Aguardando decisões 

“Temos que ter cautela. Essa tarifa é para o dia 1º de agosto. Temos que deixar o governo fazer as ações, fazer a defesa e negociar. Acho que uma boa conversa é muito melhor do que uma má discussão”, ressaltou o presidente da Câmara Setorial da Citricultura do Estado de São Paulo e vice-presidente da Associação Brasileira de Citros de Mesa, Antonio Carlos Simonetti.

O Brasil é o maior fornecedor de suco de laranja para os EUA, que compram mais de 40% das exportações brasileiras.

A produção de Simonetti segue com normalidade. “Ainda está tudo normal, sem nada de alertar, tudo correndo normal por enquanto. Não tivemos ainda nenhuma estratégia anunciada.”

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) participa de uma série de reuniões com os governos federal e estaduais, entidades de classe e parlamentares que foram marcadas desde esta segunda-feira (14). As reuniões prosseguem até quarta-feira (16), quando, além de falar sobre o que foi discutido, o Cecafé deverá apresentar o desempenho das exportações do grão no fechamento do ano safra 2024/25.

O café está entre os dez produtos que representam 57% das exportações brasileiras. Apenas o café torrado representa 4,7%.

Indústria

Em posicionamento divulgado nesta segunda, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), alertou que o momento “exige ações enérgicas, contundentes”, para reverter o quadro, tanto interna quanto externamente.

“Nas relações exteriores, precisamos de moderação e equilíbrio para contornar a política tarifária dos EUA. Devemos negociar a revogação da taxação na condição de país parceiro e de nação soberana. Cabe ao governo brasileiro defender os interesses da sociedade brasileira, evitando, sobretudo, as armadilhas da polarização política que o episódio coloca no caminho”, diz a confederação.

Além disso, a CNI enfatiza que a taxação coloca em risco os planos de investimento e os negócios em andamento.

“A taxação põe fim à previsibilidade que sustenta milhares de contratos de longo prazo, afetando fábricas brasileiras e plantas nos Estados Unidos que dependem de componentes e insumos produzidos no Brasil para manter linhas produtivas e empregos. Aumenta, portanto, o risco de retrocesso de forma substancial, ameaçando a competitividade de ambos os lados e lançando mais incerteza sobre planos de investimento e negócios em andamento”, diz a nota.

Governo

Nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a criação do Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais, para adoção de medidas de proteção da economia brasileira. O grupo será criado por meio do decreto de regulamentação da Lei de Reciprocidade Econômica (Lei 15.122/25) e terá o objetivo de ouvir os setores empresariais para detectar as implicações do anúncio feito Trump de impor tarifas de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil, a partir do dia 1º de agosto.

A primeira reunião do comitê será realizada nesta terça-feira (15), às 10h, com setores da indústria. Também amanhã, o comitê fará sua segunda reunião com representantes do agronegócio.

Até esta terça, deverá ser publicado o decreto de regulamentação da Lei de Reciprocidade Econômica. Sancionada em abril, a lei estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Câmara aprova projeto que cria a Força Nacional do SUS


 

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou de forma simbólica, nesta segunda-feira (14/7), o projeto de lei (PL) nº 351/2019, que cria a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta é de autoria do atual ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT-SP), apresentado quando ele era deputado federal. A proposta segue para o Senado Federal.

O texto define que a Força Nacional do SUS atuará “como um programa de cooperação voltado à execução de medidas de prevenção, assistência e repressão a situações epidemiológicas, de desastres ou de desassistência à população”.

Poderão compor a estrutura da equipe:

  • servidores ou empregados públicos de hospitais sob gestão federal e hospitais universitários federais;
  • servidores ou empregados públicos do Ministério da Saúde e entidades vinculadas;
  • pessoal contratado temporariamente por excepcional interesse público;
  • servidores ou empregados públicos estaduais, distritais ou municipais vinculados ao SUS;
  • profissionais dos hospitais filantrópicos integrantes do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS;
  • voluntários com formação profissional adequada ao enfrentamento da emergência.

 “Os órgãos e entidades federais, mediante ajuste com o órgão gestor da FN-SUS, poderão oferecer instalações, recursos humanos, transporte, logística e treinamento, de modo a contribuir com as atividades”, prevê a proposta.

A Força Nacional do SUS também poderá, quando solicitado, ser convocada para atuar em ações humanitárias e respostas coordenadas internacionais.

A relatora acatou uma emenda apresentada pelo líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), que reforça a atuação da entidade seguindo a articulação federativa, para garantir a integração entre União, estados e municípios, como forma de “garantir a continuidade e a efetividade das ações e serviços de saúde em contextos de risco e em situações emergenciais”.

Fonte: Jornal Metrópole.

Férias escolares e crimes cibernéticos: o perigo na palma da mão


 

Nas férias escolares, quando as crianças passam mais tempo conectadas a celulares e jogos online, o risco de crimes cibernéticos se intensifica silenciosamente. O ambiente virtual, muitas vezes visto como um refúgio de lazer e distração, transforma-se em um terreno fértil para criminosos que agem com astúcia e malícia. De acordo com a Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos de Pernambuco, há um aumento significativo de casos de aliciamento, extorsão sexual, incentivo à automutilação e participação em desafios perigosos justamente nos períodos de recesso, como janeiro e julho.

“Nenhum pai deixaria o filho conversando com estranhos pela janela de casa. Então, por que permitir esse contato livre no ambiente virtual?”, questiona o delegado Heronides Menezes, titular da delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos .

Segundo ele, os aliciadores virtuais têm como alvo principal crianças e adolescentes entre 10 e 16 anos. Esses criminosos iniciam o contato como “amigos”, oferecendo presentes digitais, como as populares skins de jogos e ganhando confiança até avançarem para pedidos de fotos íntimas, informações pessoais ou propostas de encontros. O crime, conhecido como grooming, tem crescido de forma alarmante, especialmente entre os jovens que frequentam plataformas como Discord, Instagram e jogos online com chats ativos.

Janela aberta para o crime

“Qualquer criança que tenha acesso a uma plataforma digital com recurso de conversa já é uma vítima em potencial”, alerta o delegado. O perigo se intensifica porque muitos pais não acompanham de perto o que os filhos fazem no ambiente virtual. A liberdade digital sem supervisão pode se tornar uma porta aberta para abusos.

Menezes explica que o risco não se limita apenas ao assédio sexual. “Temos registros de grupos que incentivam a automutilação ou desafios de risco físico extremo. São redes de comportamento sádico, que se alimentam do sofrimento alheio”, completa.

Supervisionar é dever legal

O delegado é enfático ao declarar que a privacidade no ambiente digital deve ser contestada quando envolve indivíduos menores de idade. “Até os 18 anos, os pais têm o dever legal de supervisionar o que os filhos acessam. Se uma criança não permite que os pais toquem no celular, há algo errado”, alerta.

Entre os sinais que podem indicar que algo não vai bem, estão mudanças bruscas de comportamento, como isolamento, agressividade, alteração de humor e apego exagerado ao celular. O ideal, segundo ele, é que plataformas de comunicação online, como o Discord, sejam evitadas até pelo menos os 16 anos.

Além da vigilância, ferramentas como o controle parental devem ser ativadas. Aplicativos e redes sociais, como o Instagram, já oferecem mecanismos de supervisão familiar, que permitem visualizar atividades, bloquear contatos e restringir acessos.

Como agir e onde denunciar

Quando o crime já aconteceu ou está em curso, é essencial que os pais não apaguem as conversas ou quebrem o contato de forma brusca. “Quanto mais dados forem preservados como mensagens, perfis, URLs maiores as chances de identificação do criminoso”, explica Menezes. Prints isolados, segundo ele, dificultam o rastreamento e a atuação da polícia.

A Polícia Civil pode, inclusive, oficiar plataformas digitais para obter informações, mesmo que o perfil usado pelo criminoso seja falso. Para isso, as denúncias podem ser registradas:

•Na Ouvidoria da Secretaria de Defesa Social (SDS)
•Pelo site da Polícia Civil de Pernambuco (com boletim online)
•Nas redes sociais da corporação
•Na plataforma SaferNet 
•Diretamente na Delegacia da Criança e do Adolescente

Educação e prevenção

Além das ações de investigação, a Delegacia de Crimes Cibernéticos realiza palestras preventivas em escolas públicas e privadas, mediante solicitação.

Ele ressalta que a melhor forma de proteger os jovens ainda é o diálogo constante e o acompanhamento responsável. “Não se trata de vigilância opressora, mas de cuidado. Assim como protegemos nossos filhos no mundo físico, devemos protegê-los também no mundo digital, que é tão real quanto.”

Dicas para os pais durante as férias escolares:
•Ative o controle parental nos dispositivos eletrônicos
•Conheça os jogos e aplicativos utilizados pelas crianças
•Mantenha o diálogo aberto e franco sobre segurança digital
•Evite que menores tenham acesso a plataformas com chats abertos
•Esteja atento a mudanças bruscas de comportamento
•Nunca permita que crianças conversem com estranhos na internet

Fonte: Diário de Pernambuco.

Tarifaço de Trump pode beneficiar Lula em 2026


 

O cenário das eleições de 2026 pode já estar sendo delineado com mais um embate entre o presidente Lula (PT) e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após o anúncio dos EUA de taxar em 50% os produtos importados do Brasil. Segundo análise do economista, doutor em economia e professor da FIA Business School, Paulo Feldmann.

Para o especialista, a intromissão de Trump na investigação contra Bolsonaro, que é réu no STF acusado de ter realizado uma tentativa de golpe de Estado, deve pautar as narrativas eleitorais.

O norte-americano chamou o processo de “vergonha internacional”. Em resposta, Lula declarou que o Brasil, um país soberano, não aceitará “ser tutelado por ninguém", um discurso que aborda a nacionalidade e que, segundo o economista, “é o que Lula precisava para ganhar a eleição”.

“O sentimento de nacionalidade é muito importante. Somos todos brasileiros e queremos que respeitem nosso país”, disse.

Já o economista e professor da UFRPE, Luiz Maia, explica que o comportamento de Trump de ameaçar para obter vantagens em negociações “tem sido o padrão de tudo que Trump fez desde o dia 20 de janeiro”, porém a novidade em relação ao Brasil foi colocar o cunho político e ideológico na ação. E é essa nova postura, segundo Maia, que pode favorecer Lula em 2026.

“Quando ele (Trump) apoiou um certo candidato no Canadá, quem ganhou foi a oposição. Quando ele apoiou um certo candidato na Austrália, quem ganhou foi a oposição. Então, acaba que essas investidas políticas do Donald Trump até agora tem péssimo resultado para ele. E o que pode acontecer no Brasil, hoje, é dar força para Lula e prejudicar ainda mais um possível candidato de Bolsonaro lá na frente”, pontuou.

EMPRESARIADO
Interlocutores do Planalto consideram que a taxação anunciada por Donald Trump é um “presente” para o Executivo, que busca reviver a “era de ouro” da relação com o empresariado. A avaliação de interlocutores do presidente da República é que nem mesmo o agronegócio e os grandes empreendedores aceitarão calados a taxação de Trump.

Frentes parlamentares que geralmente fazem oposição a Lula, inclusive, já se manifestaram contra a decisão dos EUA e pediram socorro ao governo petista. Os auxiliares do presidente Lula também enxergam uma oportunidade de desgastar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

“Agora, muitos bolsonaristas estão dizendo que Lula ganhou a eleição e os conservadores que cogitavam votar em Bolsonaro ou em seu indicado, vão rever essa posição”, observou.
Ainda segundo Paulo Feldmann, a eleição de 2026 será “de novo, muito polarizada”.

Em contagem regressiva para o início da corrida eleitoral, o presidente Lula, em entrevista após o anúncio de Trump, declarou que se for necessário, será candidato à reeleição: “Os loucos que governaram esse país não voltam mais".

Fonte: Diário de Pernambuco.

Anvisa emite alerta sobre uso do formol e ácido glioxílico em cabelos


 

Produtos para alisar o cabelo que contêm formol ou ácido glioxílico podem oferecer riscos graves à saúde. A Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, emitiu um alerta sobre os perigos dessas substâncias, que podem causar queimaduras no couro cabeludo, reações alérgicas e dificuldades respiratórias.Descrição: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1649965&o=nodeDescrição: https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1649965&o=node

O uso de formol em cosméticos é proibido no país, sendo permitido apenas em baixa concentração, como conservante ou fortalecedor de unhas. A Anvisa destaca que adicionar formol a produtos é uma infração sanitária grave e pode configurar crime hediondo.

Já o ácido glioxílico, também vetado para alisamentos, pode liberar gases tóxicos quando aquecido.

Além dos efeitos à saúde, esses produtos podem provocar danos aos fios, como quebra, ressecamento e desalinhamento da fibra capilar. Mesmo com todos esses riscos, eles ainda são vendidos em salões, no comércio informal e em plataformas online, muitas vezes sem registro.

Por isso, a Anvisa orienta que a população evite produtos sem rótulo, vendidos em marketplaces não confiáveis ou com promessas exageradas.

Também é importante verificar se o alisante tem registro na agência por meio do site da Anvisa.

Fonte: Rádio Agência.

Se petróleo seguir caindo, preço da gasolina e do diesel pode diminuir mais, diz Alexandre Silveira


 

Se o preço do barril de petróleo continuar em queda no mercado internacional, o preço da gasolina e do diesel pode cair mais nas próximas semanas, afirmou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, nesta segunda-feira na Cúpula de Líderes do Brics, no Rio de Janeiro.

Com a queda do Brent, se manter como está hoje, há uma real possibilidade de, nas próximas semanas, a gente ter mais redução no preço da gasolina e do diesel. Nós estávamos muito apreensivos, naturalmente, com essa guerra entre Israel e Irã _ afirmou ele.

O ministro não comentou a ameaça feita pelo presidente Donald Trump de taxar em mais 10% países alinhados ao Brics, como o republicano declarou também nesta segunda-feira por meio de sua rede social TruthSocial.

Silveira comentou a afirmação feita pela presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no último sábado, sobre a companhia estar avaliando vender o polo de produção Bahia Terra, na bacia do Recôncavo Baiano. Ela explicou que se trata de um ativo que faz sentido manter quando o petróleo tem cotação de US$ 100 por barril. Portanto, no patamar atual, de aproximadamente US$ 60/barril, não seria rentável.

_ É uma companhia de capital aberto. Portanto, o governo tem naturalmente uma grande inserção ou poder de decisão no conselho da Petrobras, mas ela não intervém naquilo que a sua diretoria executiva propõe.

Ele explicou que deve ser ainda uma posição inicial e que, quando chegar ao conselho da estatal, o governo avaliará se, por parte do controlador, essa é uma decisão acertada ou não.

Silveira destacou que nada está descartado em relação a Petrobras, mas indiretamente criticou a possibilidade de venda do ativo, que já chegou a ser iniciada, mas o processo acabou sendo suspenso.

O ministro disse que a privatização da Refinaria de Mataripe (Rlam) pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro "fez muito mal ao povo da Bahia e ao povo de Sergipe":

_O combustível ali está mais caro que no resto do Brasil, o que quer dizer que segurança de suprimento muitas vezes deve ser feita por uma empresa nacional.

A Refinaria de Mataripe foi comprada pelo Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi, em 2021, passando a ser operada como Acelen.

Fonte: Folha de Pernambuco.

Anvisa proíbe marca de azeite e recolhe lotes de molho e polpa de fruta


 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de lotes de polpa de frutas, champignon em conserva e molho de alho de três marcas diferentes, por apresentarem resultados insatisfatórios em laudos emitidos por laboratórios públicos.

Além disso, foi identificada a comercialização de um azeite de origem desconhecida e fora dos padrões estabelecidos, com ordem pela apreensão e suspensão total da vendas.

As medidas sanitárias constam em uma resolução publicada nesta segunda-feira (7), no Diário Oficial da União (DOU).

A polpa de fruta de morango da marca De Marchi teve o lote 09437-181 (com validade até 01/11/2026) recolhido, após o resultado inconsistente no ensaio pesquisa de matérias estranhas, conforme laudo de análise emitido pelo Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen/SC).

Também por resultado insatisfatório sobre quantidade de dióxido de enxofre acima do limite permitido, a Anvisa pediu o recolhimento de um lote do Champignon inteiro em conserva, da marca Imperador, fabricado pela Indústria e Comércio Nobre. O lote em questão é o 241023CHI, com data de validade de 10/2026. O laudo foi emitido pelo Lacen-DF.

O molho de alho da marca Qualitá, fabricado pela Sakura Nakaya Alimentos, também teve um lote recolhido, por resultado insatisfatório no ensaio de pesquisa quantitativa de dióxido de enxofre, que se encontra acima do limite permitido, conforme laudo também emitido pelo Lacen-DF. A medida abrange o lote 29, com data de validade de 01/2026.

No caso do azeite extravirgem da marca Vale dos Vinhedos, a determinação da Anvisa é pela apreensão total e proibição da comercialização, distribuição, fabricação, importação, propaganda e uso.

Além do produto ter origem desconhecida, segundo a agência, o laudo de análise apresentou resultado insatisfatório, estando em desacordo com os padrões estabelecidos pela legislação vigente nos ensaios de rotulagem e físico-químico.

A Intralogística Distribuidora Concept, responsável pelo produto, consta com Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) suspenso por inconsistência nos registros da Receita Federal.

A reportagem busca contato com as marcas citadas para obter um posicionamento e incluir na matéria.

Fonte: diário de Pernambuco.

CNU 2025: pedidos de isenção da taxa de inscrição vão até terça-feira


 

As pessoas interessadas em pedir isenção da taxa de inscrição para a segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) devem fazer a solicitação até 23h59 desta terça-feira (8), no horário de Brasília.

A taxa única é de R$ 70 para os cargos de nível médio e superior e deve ser paga até o dia 21 de julho. 

O pedido de gratuidade deve ser feito online, no momento da inscrição, exclusivamente no sistema da Fundação Getulio Vargas, banca examinadora do certame, com login único da conta no portal do governo federal, o Gov.br.

O endereço eletrônico é o mesmo para anexar a documentação que comprove as situações que dão direito à gratuidade da taxa de inscrição.

Quem tem direito

De acordo com as condições previstas no edital do CNU 2025, têm direito à isenção da taxa as pessoas que:

  • têm inscrição ativa no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico);
  • comprovem ser doador de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde;
  • são bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni) do Ministério da Educação;
  • têm o curso superior financiado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

O candidato que prestar declarações falsas será excluído do concurso, em qualquer fase, e responderá legalmente pelo ato.

A participação anterior em programas sociais ou isenção em outros concursos não garante isenção automática no segundo CNU. 

Documentação
A retificação do edital do chamado Enem dos Concursos, publicada na quinta-feira (3), dispensa os inscritos no CadÚnico de preencherem o Número de Identificação Social (NIS) no momento de solicitar a isenção da taxa.

Os candidatos que são ou tenham sido bolsistas do Prouni ou receberam financiamento do Fies devem indicar a opção de solicitação correspondente a essa modalidade no sistema de inscrição.

No caso de doador voluntário de medula óssea, o candidato deverá fazer upload da documentação que comprove a situação declarada: o documento de identidade com foto; o comprovante da doação, com data da coleta e de emissão do documento, assinatura da pessoa responsável pelo órgão emissor; com nome legível de quem assina; ou apresentar a certidão ou cartão de doador voluntário de medula óssea, expedidos por entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde.

Somente serão aceitos arquivos no formato JPG, JPEG, PNG e PDF, no tamanho máximo de 5MB. A organização do certame avisa que não serão aceitos documentos enviados por fax, correio eletrônico, meio postal, entregues pessoalmente na sede da FGV ou no dia da aplicação das provas.

Resultados
A simples solicitação não garante a isenção. Todos os pedidos passarão por análise da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A FGV consultará os órgãos gestores do CadÚnico, do Prouni e do Fies, além do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Os resultados preliminares de todos os pedidos serão divulgados no dia 10 de julho, no site do concurso.

Em caso de indeferimento, o candidato poderá entrar com recurso contra a decisão em dois dias úteis após a divulgação. O resultado final dos recursos está previsto para 18 de julho.

CNU 2025

A segunda edição do CPNU oferece 3.652 vagas para 32 órgãos, com provas aplicadas em dois dias – a primeira fase, de questões objetivas, em outubro; e a segunda, as dissertativas, em dezembro, apenas para os aprovados na etapa anterior.

Os cargos serão agrupados em nove blocos temáticos, com a possibilidade do candidato se inscrever para diferentes cargos dentro do mesmo bloco e definição de sua lista de preferência pelas vagas.

Fonte: Folha de Pernambuco.

Brics condenam ataques contra Irã em Declaração Final da cúpula no Rio


 

O Brics condenou diretamente, pela primeira vez, os ataques contra o Irã, na Declaração Final da 17ª Reunião de Cúpula do grupo, divulgada, neste domingo (6), no Rio de Janeiro. Mesmo sem mencionar os responsáveis pelos bombardeios, Israel e Estados Unidos, o texto representa uma mudança de tom do grupo, que teve a questão iraniana como um dos impasses do encontro de líderes neste ano.

"Condenamos os ataques militares contra a República Islâmica do Irã desde 13 de junho de 2025, que constituem uma violação do direito internacional e da Carta das Nações Unidas, e expressamos profunda preocupação com a subsequente escalada da situação de segurança no Oriente Médio", diz o documento.

A declaração difere da primeira manifestação do bloco sobre o conflito, publicada 11 dias após o início da guerra de 12 dias. Naquela declaração, o Brics apenas expressava “profunda preocupação” com os ataques, sem condená-los diretamente.

Apesar disso, a manifestação anterior já destacava que os bombardeios de Israel violavam o direito internacional e a Carta das Nações Unidas (ONU) em especial, os ataques contra instalações nucleares do Irã.

Na Declaração do Rio de Janeiro, principal documento do Brics sob a presidência do Brasil, o grupo agora condena diretamente a agressão contra Teerã, apesar de não citar Israel ou EUA. Tel Aviv e Washington atacaram o Irã sem consultar o Conselho de Segurança da ONU, conforme determina o direito internacional. A Carta da ONU determina que qualquer ação militar contra um país precisa de aprovação do Conselho de Segurança.

O professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC paulista (UFABC), Mohammed Nadir, avaliou à Agência Brasil que houve uma mudança de tom na declaração do Brics, que traz mais firmeza e determinação em condenar a ação de Israel e EUA.

"Nota-se uma variação no tom e na forma, marcado pela firmeza em tomar atitude política e condenar EUA e sua aliada Israel. A presença de membros dentro dos Brics que são aliados dos EUA e Israel não coibiu o BRICs a condenar os ataques", disse o especialista.

Segundo Nadir, a nova declaração dá uma ideia de coesão dentro do Brics. "Também mostra a força da China e da Rússia, que seguramente influenciaram a formulação da declaração condenatória", completou.

Para o especialista em Oriente Médio, a China entende que o ataque dos EUA ao Irã visa indiretamente a ela própria. "A China sabe que calar-se não é uma boa estratégia perante um ataque contra um membro aliado que é Irã. O silêncio da China poderia ser interpretado como fraqueza", completou.

A Declaração do Rio de Janeiro ainda condenou os ataques contra infraestruturas civis e “instalações nucleares pacíficas” do Irã, sob “totais salvaguardas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em violação ao direito internacional e a resoluções pertinentes da AIEA”.

Ataques militares contra usinas nucleares são proibidos pelo direito internacional, por representar grave risco de contaminação de radiação no ambiente. “Exortamos o Conselho de Segurança das Nações Unidas a se ocupar desta questão”, completou o documento.

Condenado por Rússia, Brasil e China, o ataque contra o Irã foi apoiado ou relativizado pelas potências ocidentais, especialmente França, Alemanha e Reino Unido.

A Índia, país com relações próximas à Israel e aos EUA, até então tinha se limitado a manifestar “preocupação” com o ataque contra o Irã, mas não havia condenado a ação militar contra Teerã. Agora, na Declaração do Rio, o governo indiano se junta aos demais Brics em uma condenação dos ataques contra o Irã.

O documento final do Brics tem uma seção dedicada aos conflitos armados no mundo, intitulado de “Promovendo a Paz, a Segurança e a Estabilidade Internacionais”. O grupo expressa preocupação com as guerras em curso, citando, entre outros, o conflito na Palestina, no Sudão, na Ucrânia, no Líbano, entre outros, incluindo a instabilidade no Norte da África.

O Brics é um bloco que reúne representantes de 11 países membros permanentes: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Irã, Arábia Saudita, Egito, Etiópia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia.

Também participam os países parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Tailândia, Cuba, Uganda, Malásia, Nigéria, Vietnã e Uzbequistão.

Os 11 países representam 39% da economia mundial, 48,5% da população do planeta e 23% do comércio global. Em 2024, países do Brics receberam 36% de tudo que foi exportado pelo Brasil, enquanto nós compramos desses países 34% do total do que importamos.

Fonte: Diário de Pernambuco.

De bancos a impostos: saiba como negociar dívidas e limpar seu nome


 

Mais de 19 mil pernambucanos já negociaram quase 28 mil dívidas no mutirão da Serasa, que foi prorrogado até 11 de julho, enquanto a Prefeitura do Recife lançou o programa Fique em Dia, oferecendo descontos de até 90% em débitos municipais, e o governo do estado está com o programa Zero Dívida 2.0, com descontos de até 100% para os débitos estaduais.

Ao Diario, a especialista em finanças Mariana Banja aponta que, diante do endividamento que atinge 78,4% das famílias no país e mais de 80% das famílias recifenses, planejar o orçamento e priorizar dívidas mais graves são as chaves para sair do vermelho.

Mariana explica que negociar dívidas exige conhecer a motivação do endividamento e avaliar se as parcelas cabem no orçamento. “Entender se a dívida veio de uma emergência, de descontrole ou de um orçamento já apertado é essencial para fechar acordos que realmente serão cumpridos. Senão, a pessoa volta a se enrolar no primeiro mês”, explica.

Além disso, a especialista recomenda priorizar dívidas com maior impacto na vida do consumidor, como aquelas que colocam em risco bens como casa ou carro, ou dívidas com juros mais altos, como cartão de crédito e cheque especial. “É preciso também evitar a armadilha do ‘dinheiro fácil’. Não existe crédito barato no Brasil. A pessoa deve fechar o orçamento no positivo, criar reserva de emergência e ter atenção constante aos gastos para não cair novamente no vermelho”, alertou.

Para quem não consegue aproveitar os atuais programas de renegociação, a orientação é continuar organizando as finanças e ficar atento a novas oportunidades. Segundo Mariana, a boa gestão do orçamento passa também por conhecer e acessar políticas públicas que possam ajudar a complementar a renda ou aliviar despesas, principalmente para famílias de baixa renda.

O mutirão Desbanca, da Serasa, permite a negociação de dívidas com instituições financeiras até o próximo dia 11. É possível obter descontos de até 97% e dividir em parcelas a partir de R$ 9,90. Segundo a Serasa, são mais de 40 instituições parceiras e mais de 400 milhões de ofertas de renegociação.

É possível acessar o serviço por meio do atendimento telefônico gratuito, no 0800-040762, das 09h às 19h; do site Serasa Limpa Nome; pelo aplicativo da Serasa e pelo WhatsApp, no número (11) 99575-2096. Presencialmente, o atendimento é feito nas agências dos Correios, mas, de acordo com a Serasa, taxas são aplicáveis nesta modalidade.

 Fique em Dia

O programa da Prefeitura do Recife está disponível até o dia 25 deste mês e oferece descontos de até 90% em juros, multas e dívidas com o município até 31 de dezembro de 2024. Também é possível parcelar em até 96 vezes, porém quanto maior o número de parcelas, menor o percentual de desconto - o valor máximo de desconto (90%), por exemplo, é para pagamentos à vista.

O benefício vale para impostos com o IPTU e ISS, além de outras taxas municipais. A negociação está sendo feita pelo portal Recife em Dia ou de forma presencial no prédio da prefeitura, no Cais do Apolo, 925, Bairro do Recife, das 8h às 15h.

 Dívida Zero 2.0

O Governo de Pernambuco oferece até 28 de novembro descontos de até 100% nos juros e multas para pagamento à vista das dívidas com a Secretaria da Fazenda estadual realizadas até 31 de dezembro de 2024. Para pagamento dividido, pode-se pagar em até 120 vezes.

É possível negociar débitos com tributos como ICMS, IPVA, ICD (Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação) e a Taxa de Prevenção e Combate a Incêndios. A adesão ao programa Dívida Zero 2.0 deve ser feita pelo Portal de Atendimento ao Contribuinte ou de forma presencial nas Agências da Receita Estadual (AREs) ou nos postos do Expresso Cidadão localizados no Shopping RioMar (Recife), em Carpina e em Vitória de Santo Antão.

Fonte: Diário de Pernambuco.

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