Amunam leva roda de leitura para praças

De posse de livros com histórias infantis, meninos e meninas se revezam contando histórias e dando muita gargalhada à sombra de árvores.

PROJETO: ARTESANATO DO MARACATU RURAL - DA CIDADE ATÉ A PRAIA


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“Se eu pedir desculpas para Marina, não entro em casa”, diz senador


 

O senador Plínio Valério (PSDB-AM) foi um dos envolvidos na situação em que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, decidiu se retirar de uma sessão na Comissão de Infraestrutura do Senado por se sentir ofendida com as declarações dos parlamentares. Dois depois da discussão, o político afirma que, caso pedisse desculpas para a ministra, seria colocado para fora de casa e não seria eleito nem para vereador.

Entenda o que aconteceu

Marina Silva participou de uma audiência na Comissão de Infraestrutura no Senado Federal para debater a criação de unidades de conservação na região Norte. Durante a sessão, a ministra teve episódios seguidos de desentendimentos com senadores.

Omar Aziz questionou o trabalho realizado por Marina em relação a obra de pavimentação da BR-319, acusou a ministra de “atrapalhar” o desenvolvimento do país e questionou os dados ambientais apresentados pelo Ministério do Meio Ambiente.

Já Marcos Rogério (PL-RO), presidente do colegiado, cortou o microfone da ministra em diversos momentos. Ao ser confrontado por Marina, o senador disse: “Me respeite, ministra, se ponha no teu lugar”.

Senador Plínio Valério (PSDB-AM) disse que “a mulher merece respeito, a ministra não”. Marina então exigiu um pedido de desculpas, que não foi atendido, e a ministra decidiu por se retirar do local.


“Se eu pedir desculpas para a Marina, não entro em casa, minha mulher me bota pra fora. E não me elejo nem vereador”, declarou Plínio Valério. As afirmações foram dadas durante entrevista do político, no aeroporto de Manaus (AM), ao jornal O Globo.

O senador também negou que suas falas possuem um viés machista. “Admito que fui sem educação, mas não misógino, nem machista. Quem me conhece pelos corredores do Senado sabe que sou um cavalheiro. O mundo está muito chato com essa cobrança de machismo. Não se pode falar mais nada”, relatou.

Discussão entre Plínio e Marina

Marina se retirou após provocação do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que disse que ela, como mulher, merece respeito, mas que como ministra não merecia respeito. “Ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra e não estou falando com uma mulher”, afirmou.

“Por que o senhor não me respeita como ministra? O senhor que disse que queria me enforcar”, questionou Marina Silva.

O episódio citado pela ministra do Meio Ambiente ocorreu em março deste ano. Na ocasião, durante evento no Amazonas, Plínio Valério disse: “A Marina esteve na CPI das ONGs por seis horas e dez minutos. Imagine o que é tolerar a Marina seis horas e dez minutos sem enforcá-la”, disse.

Reações no governo

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se solidarizou com a ministra e chamou o caso de “vergonhoso”.

“Inadmissível o comportamento do presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Marcos Rogério, e do senador Plínio Valério, na audiência de hoje com a ministra Marina Silva. Totalmente ofensivos e desrespeitosos com a ministra, a mulher e a cidadã. Manifestamos repúdio aos agressores e total solidariedade do governo do presidente Lula à ministra Marina Silva”, escreveu Gleisi na rede social X.

Também por meio das redes sociais, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, manifestou solidariedade a Marina.

“Marina Silva é minha amiga, minha referência. Hoje, ela foi desrespeitada, interrompida, silenciada, atacada no Senado, enquanto exercia sua função como Ministra do Meio Ambiente”, disse a titular da Igualdade Racial.

Fonte: Jornal Metrópole.

"Mãe" de bêbê reborn vai à Justiça após empresa negar licença-maternidade


 

Uma mulher de 32 anos, dona de um bebê reborn, acionou a Justiça da Bahia para processar a empresa onde ela trabalhava, em Salvador, depois de ter um pedido de licença maternidade negado para cuidar da sua boneca hiper-realista.

De acordo com a defesa da funcionária, a mulher sofreu um "profundo abalo psicológico" por ter o pedido da licença deslegitimado e que, por isso, teria sido alvo de "zombaria" no seu local de trabalho, além de ter direitos violados. A reportagem não localizou o contato da empresa.

A ação correu no Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT-BA). No entanto, a defesa da mulher informou nesta quinta-feira, 29, em ofício ao TRT, que a proprietária do brinquedo está desistindo do processo após a repercussão do caso.

Segunda a advogada Vanessa de Menezes Homem, a vida da sua cliente "virou um inferno" em virtude da história. A defensora afirmou que ela sofreu perseguição nas redes sociais e se tornou alvo de comentários ofensivos.

"O que pretendia-se nesta ação era a rescisão indireta em virtude do abalo psíquico diário que a reclamante vem sofrendo em seu ambiente laboral por optar tratar como se filha fosse um objeto inanimado, de certo que esse é um direito seu", informou a defensora.

"Menos de 24 horas da ação protocolada as vidas dos patronos envolvidos, e, principalmente da reclamante tornou-se um verdadeiro inferno", acrescentou.

Entenda o caso

A mulher trabalhava como recepcionista em uma empresa do setor imobiliário desde 2020. Sua contratação foi feita mediante recebimento de um salário mínimo e cumprimento de uma jornada das 8h até 12h.

De acordo com a defesa da mulher, ao comunicar "a condição de mãe" do bebê reborn e pedir pela licença de quatro meses e do salário-família, a funcionária teria sido alvo de "escárnio, zombaria e negação absoluta" dos demais funcionários.

"A empresa não apenas indeferiu os pedidos sob o argumento de 'não ser mãe de verdade', como passou a constranger a reclamante diante de colegas, dizendo que 'precisava de psiquiatra, não de benefício'", diz a ação.

Conforme a defesa, a mulher "sofreu abalo psíquico profundo ao ter sua maternidade deslegitimada, ser exposta ao ridículo e privada de direitos fundamentais. Sentiu-se diminuída como mulher, como mãe, como pessoa".

Os defensores defendem que, mesmo desprovida de biologia, a maternidade da funcionária não é menos legítima, e que o direito de ser mãe está protegido pelo princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da Constituição Federal) e pelo direito ao livre desenvolvimento da personalidade (art. 5º, X).

Por esse motivo, foi realizada a reclamação trabalhista, com pedido de rescisão indireta, tutela antecipada e indenização por danos morais no valor de R$ 10 mil.

Na ação, é afirmado que a dona da boneca criou um "profundo vínculo materno com sua filha reborn". "Embora não gestado biologicamente, é fruto da mesma entrega emocional, do mesmo investimento psíquico e do mesmo comprometimento afetivo que toda maternidade envolve".

Desistência da ação

Estava agendada uma audiência para o dia 28 de julho. Mas, nesta quinta-feira, a advogada informou ao Tribunal Regional do Trabalho a desistência da ação após a repercussão do caso na imprensa, de acordo com Vanessa Homem, prejudicar a vida da funcionária.

A defensora afirma que a mulher precisou desativar as redes sociais após sofrer um volumoso assédio nas plataformas, e que advogados estariam, em grupos de WhatsApp, fazendo piadas e até instigando agressão física contra a dona do bebê reborn.

"Deste modo, em razão da grande repercussão midiática que a causa gerou nacionalmente e dos impactos provocados e risco de dano à integridade física da reclamante e da sua Advogada (...), requer, seja o processo colocado em segredo de justiça, bem como requer a desistência da presente ação renunciando aos prazos recursais", informou a advogada.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Recife foi a capital que mais criou empregos no Nordeste em abril, aponta Caged


 

Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta quarta (28), mostram que a cidade foi responsável por quase 70% dos postos de trabalho em Pernambuco no mês passado. Foi o melhor resultado para abril desde 2020, início da série histórica

O Recife foi a capital no Nordeste que mais gerou empregos com carteira assinada no mês de abril. É o que apontam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados nesta quarta-feira (28).

No mês passado, o município registrou saldo positivo de 5.202 empregos formais, o maior percentual para abril desde o começo da série histórica, iniciada em 2020. Em todo o estado de Pernambuco, a cidade, sozinha, foi responsável por quase 70% dos vínculos empregatícios gerados no período. Desde 2021, a gestão João Campos é responsável pela criação de 109.243 empregos formais.

"Sem dúvida alguma um dos nossos melhores resultados e isso impulsiona a economia local e fortalece as políticas públicas municipais. Estamos sim caminhando na direção do aquecimento econômico relevante e animador", pontua Carlos Andrade Lima, secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife. 

Com aumento de cerca de 47% a mais de empregos gerados em relação a abril do ano passado, o desempenho do Recife no mês passado foi resultado de 22.004 contratações e 16.802 demissões, fazendo com que a cidade expandisse o estoque ativo de empregos, subindo para 571.669.

Analisando por segmento econômico, o setor de Serviços foi o grande destaque de abril, com saldo de 4.229 empregos, resultado da diferença de 14.569 contratações com 10.340 desligamentos. A Construção Civil também apresentou desempenho positivo, com 658 vagas líquidas, seguida pelo Comércio (+208) e a Indústria (+112). A Agropecuária fechou o mês com uma redução líquida de 5 vagas.

Ao analisar a composição por gênero, os homens apresentaram o maior aumento, com 2.930 vagas criadas, enquanto as mulheres tiveram 2.272. 

No acumulado dos últimos 12 meses - de março de 2024 a fevereiro de 2025 -, o Recife gerou 22.585 empregos formais, confirmando uma trajetória de crescimento consistente no mercado de trabalho local. 

Fonte: Folha de Pernambuco.

Pernambuco é o segundo estado mais violento do Brasil, segundo Ministério da Justiça


 

Pernambuco registrou 1.017 homicídios dolosos entre janeiro e abril de 2025, número que posiciona o estado como o segundo mais violento do Brasil em números absolutos, segundo dados divulgados ontem pelo Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp) do Ministério da Justiça. Em primeiro lugar, ficou a Bahia com 1.339 assassinatos. O Rio de Janeiro ficou em terceiro, com 926 mortes.


O sistema mostra ainda que, nos primeiros quatro meses do ao, o estado registrou uma média de oito homicídios dolosos por dia. Ainda assim, os números representam uma redução de 17,05% em relação ao mesmo período do ano passado.


O Sinesp traz o índice de vítimas de todos os tipos de violência cometidos durante esse período no estado. Neste caso, foram 1.733 casos homicídios dolosos, feminicídios, morte por intervenção policial, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, ou morte a esclarecer (sem indícios de crime).

Estupro
Além disso, no campo da violência sexual, Pernambuco notificou 1.198 casos de estupro entre janeiro e abril, média de 10 por dia, com uma taxa de 37,59 por 100 mil habitantes. Do total, 727 vítimas foram mulheres, 454 homens e 17 não tiveram o sexo identificado. O mês de fevereiro concentrou o maior número de ocorrências de estupro com um total 343 registros, seguido de março com 341.


Outro dado mostra que, se levados em conta, somente os casos de feminicídios, foram 35 mortes registradas nos quatro primeiros meses de 2025. Em termos regionais, Pernambuco ficou em segundo lugar nesse tipo de crime, perdendo para a Bahia, com 37 mortes registradas.


Já nacionalmente, o estado ficou na quarta colocação. Os dois primeiros foram São Paulo, com 61 feminicídios registrados; e Minas Gerais, com 44. Em termos de latrocínio, assalto ou roubo seguido de morte, o total do estado foi de 24 casos. A Bahia segue sendo o estado com maiores registros na região com 28 casos, enquanto Pernambuco empata com o Maranhão em segundo lugar.


Segundo o Sinesp, em todo o país, o primeiro quadrimestre de 2025 contabilizou 10.484 homicídios dolosos, uma queda de 14,79% em relação a período de janeiro a abril de 2024. O Diario procurou a Secretaria de Defesa Social para comentar os números divulgados ontem, mas não obteve retorno.

Fonte: Diário de Pernambuco.

A quatro dias do fim do prazo, cerca de 10 milhões ainda não declararam o IR


 

A quatro dias do fim do prazo, cerca de 10 milhões de contribuintes ainda não acertaram as contas com o Leão. Até as 18h desta segunda-feira (26), 32.581.999 contribuintes enviaram a Declaração Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) à Receita Federal. O número equivale a 76,48% do total esperado para este ano.

Segundo a Receita Federal, 61,5% das declarações entregues até agora terão direito a receber restituição, enquanto 20,6% terão que pagar Imposto de Renda e 17,8% não têm imposto a pagar nem a receber. A maioria dos documentos foi preenchida a partir do programa de computador (83,5%), mas 11,1% dos contribuintes recorrem ao preenchimento online, que deixa o rascunho da declaração salvo nos computadores do Fisco (nuvem da Receita), e 5,4% declaram pelo aplicativo Meu Imposto de Renda para smartphones e tablets.

Um total de 48,9% dos contribuintes que entregaram o documento à Receita Federal usaram a declaração pré-preenchida, por meio da qual o declarante baixa uma versão preliminar do documento, bastando confirmar as informações ou retificar os dados. A opção de desconto simplificado representa 56,2% dos envios.

Desde 1º de abril, a declaração pré-preenchida passou a ser baixada com todos os dados disponíveis. O abastecimento dos dados da declaração pré-preenchida atrasou neste ano por causa da greve dos auditores fiscais da Receita.

O prazo para entregar a declaração começou em 17 de março e termina às 23h59 do dia de 30 de maio. O programa gerador da declaração está disponível desde 13 de março.

A Receita Federal espera receber 46,2 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física este ano, o que representará um acréscimo de quase 7%, na comparação com 2024, quando foram entregues 43,2 milhões de declarações.

As pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888, assim como aquelas que obtiveram receita bruta da atividade rural acima de R$ 169.440, são obrigadas a declarar. As pessoas que receberam até dois salários mínimos mensais durante 2024 estão dispensadas de fazer a declaração, salvo se se enquadrarem em outro critério de obrigatoriedade.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Câmara aprova urgência de projeto que equipara facções a terrorismo


 

A Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira (26/5), por votação simbólica, o regime de urgência para o Projeto de Lei 1283/2025, que equipara atividades de facções criminosas e milícias privadas ao crime de terrorismo. O texto é de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE) e foi defendido pelo parlamentar como uma resposta “dura” às ameaças à segurança pública e à ordem democrática no país.

Com a urgência aprovada, a proposta pode ser votada diretamente no plenário, sem precisar passar pelas comissões temáticas.

Segundo o autor, o projeto busca classificar como terrorismo as ações de grupos que dominam territórios, impõem restrições à população e interferem no funcionamento de serviços essenciais.

“Facções criminosas e milícias privadas dominam territórios, impedem o acesso da população a serviços públicos básicos, prejudicam infraestruturas críticas e tolhem a liberdade individual e econômica no país. Essa proposta endereça de forma dura essas atividades, que precisam ser classificadas como o que são: terrorismo”, afirmou Forte em comunicado.

Ataques a infraestruturas estratégicas — como portos, aeroportos, hospitais e redes de energia — serão classificados como atos de terrorismo. Isso abrange também a interrupção intencional de serviços essenciais, como água, eletricidade e internet.

A proposta surge em um contexto de crescente preocupação com a expansão territorial e o poder armado de organizações criminosas no Brasil, especialmente em áreas urbanas periféricas e em regiões de fronteira.

Conforme o deputado, o crime organizado impactou a população diretamente após ampliar a atuação nos negócios e no domínio de regiões inteiras.

Críticos do projeto, no entanto, apontam riscos de ampliação excessiva do conceito de terrorismo, o que pode gerar interpretações que comprometam garantias constitucionais.

Fonte: Jornal Metrópole.

Enem: inscrições abrem nesta segunda-feira (26); veja as mudanças para 2025


 

O Ministério da Educação (MEC) abre nesta segunda-feira as inscrições para o Exame Nacional de Ensino Médio (Enem). As provas serão realizadas em dois domingos, nos dias 9 e 16 de novembro. Todos os candidatos devem se inscrever até 6 de junho pelo site do governo.

Nas cidades paraenses de Belém, Ananindeua e Marituba as provas serão nos dias 30 de novembro e 7 de dezembro. Isso porque o Pará receberá a COP30, um encontro de líderes mundiais para debater meio ambiente, entre 10 e 21 de novembro.

Quem fez o pedido de gratuidade também precisa confirmar a inscrição neste momento. Alunos do 3º ano do ensino médio de escolas públicas têm direito de fazer a prova de graça mesmo que não tenham feito o pedido de gratuidade. Basta confirmar a inscrição agora. O restante deve pagar R$ 85 até 11 de junho.

Este ano, os alunos de escolas públicas terão pela primeira vez a ficha preenchida previamente. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, a ideia é facilitar o acesso desse grupo à prova.

— Basta o aluno entrar no endereço da página, confirmar a inscrição e fazer a opção pela prova de línguas — afirmou o ministro.

O teste voltará a dar certificado de conclusão de ensino médio para aqueles que não completaram essa etapa escolar. Para isso, é preciso tirar pelo menos 450 em cada prova e 500 na redação.

Pagamento e gratuidade

Para os estudantes não isentos, a taxa de inscrição continua no valor de R$ 85 e pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), Pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). O prazo para fazer o pagamento vai até o dia 11 de junho.

Não será gerado boleto para o participante que informar na inscrição que utilizará os resultados do Enem 2025 para pleitear o certificado de conclusão do ensino médio ou declaração parcial de proficiência e que esteja inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico).

Também não será gerado boleto para o concluinte do ensino médio (no ano de 2025), matriculado em qualquer modalidade de ensino, em escola da rede pública, ainda que não tenha solicitado isenção da taxa de inscrição.

Veja o calendário

Inscrições: 26 de maio a 6 de junho

Pagamento da taxa de inscrição: 26 de maio a 11 de junho

Pedido para tratamento pelo nome social: 26 de maio a 6 de junho

Solicitação para atendimento especializado: 26 de maio a 6 de junho

Resultado de atendimento especializado: 13 de junho

Recurso para atendimento especializado: 16 de junho a 20 de junho

Resultado do recurso para atendimento especializado: 27 de junho

Aplicação da prova: 9 e 16 de novembro

Aplicação da prova em Belém, Ananindeua e Marituba no estado do Pará: 30 de novembro e 7 de dezembro

Fonte: Folha de Pernambuco.

Mulheres com depressão pós-parto apresentam alterações cerebrais durante a gravidez, diz estudo


 

A depressão pós-parto afeta cerca de uma em cada sete mulheres que dão à luz, mas pouco se sabe sobre o que acontece no cérebro das gestantes que a vivenciam. Um novo estudo começa a lançar alguma luz.

O Globo traz hoje a terceira edição de um projeto para ajudar você, leitor, a se cuidar ainda melhor. A cada mês, publicaremos conteúdos exclusivos, todos os dias ao longo de uma semana, sobre um problema de saúde. Essa semana é a depressão.

Você pode participar mandando suas questões sobre a depressão. As perguntas selecionadas serão respondidas pelo psiquiatra Luiz Zoldan, gerente médico do Espaço Einstein de Saúde Mental e Bem-Estar, e publicadas na próxima quinta-feira. Mande suas perguntas para o e-mail:  pergunteaodr@oglobo.com.br.

No caso da depressão pós parto, os pesquisadores examinaram os cérebros de dezenas de mulheres nas semanas anteriores e posteriores ao parto e descobriram que duas áreas cerebrais envolvidas no processamento e controle das emoções aumentaram de tamanho em mulheres que desenvolveram sintomas de depressão pós-parto.

Os resultados, publicados na quarta-feira na revista Science Advances, constituem algumas das primeiras evidências de que a depressão pós-parto está associada a alterações no cérebro durante a gravidez.

Pesquisadores descobriram que mulheres com sintomas de depressão no primeiro mês após o parto também apresentaram aumento no volume da amígdala, uma área do cérebro que desempenha um papel fundamental no processamento emocional. Mulheres que classificaram sua experiência de parto como difícil ou estressante — uma percepção frequentemente associada à depressão pós-parto — também apresentaram aumento no volume do hipocampo, uma área do cérebro que ajuda a regular as emoções.

— Este é realmente o primeiro passo para tentar entender como o cérebro muda em pessoas que têm uma gravidez normal e, em seguida, naquelas que sofrem de depressão perinatal, e o que podemos fazer a respeito — diz Sheila Shanmugan, professora assistente de psiquiatria, obstetrícia-ginecologia e radiologia da Universidade da Pensilvânia, que não participou do estudo. — As grandes conclusões são sobre como ocorrem essas mudanças cerebrais realmente profundas durante a gravidez e como agora estamos observando isso especificamente nos circuitos da depressão.

O estudo foi conduzido em Madri por uma equipe que liderou esforços para documentar os efeitos da gravidez no cérebro. Faz parte de um crescente corpo de pesquisas que descobriu que certas redes cerebrais, especialmente aquelas envolvidas no processamento social e emocional, encolhem durante a gravidez, possivelmente passando por um processo de ajuste fino em preparação para a parentalidade. Essas mudanças correspondem a picos nos hormônios da gravidez, especialmente o estrogênio, e algumas duram pelo menos dois anos após o parto, descobriram os pesquisadores.

O novo estudo parece ser o primeiro a escanear e comparar áreas do cérebro durante a gravidez e após o parto, relacionando as alterações à depressão pós-parto, conta Elseline Hoekzema, neurocientista que chefia o Laboratório de Gravidez e Cérebro do Centro Médico Universitário de Amsterdan e que não participou do estudo.

Os autores do estudo e outros pesquisadores afirmam que não está claro se o aumento do volume da amígdala e do hipocampo desencadeou sintomas depressivos e percepções de estresse durante o parto ou se as alterações cerebrais estavam ocorrendo em resposta a sintomas e fatores estressantes. Também não ficou claro, a partir dos exames cerebrais, por que algumas mulheres pareciam ser mais vulneráveis a isso do que outras.

— Pode ser que as pessoas cuja amígdala é mais suscetível a alterações também corram maior risco de sofrer depressão pós-parto — afirma a autora sênior do estudo, Susana Carmona, neurocientista que lidera o Laboratório Neuromaternal do Instituto de Investigación Sanitaria Gregorio Marañón, em Madri. — Também pode ser o contrário, que, de alguma forma, esses sintomas de depressão produzam um aumento no volume da amígdala.

Os pesquisadores estudaram 88 gestantes que nunca haviam dado à luz e que não tinham histórico de depressão ou outras condições neuropsiquiátricas. Para um grupo controle, também analisaram 30 mulheres que não estavam grávidas. As gestantes foram submetidas a exames cerebrais durante o terceiro trimestre e cerca de um mês após o parto.

As mulheres responderam a questionários padrão para avaliar se apresentavam sintomas de depressão pós-parto. Após o parto, 15 mulheres apresentaram sintomas moderados de depressão e outras 13 apresentaram sintomas de depressão graves o suficiente para justificar a procura por ajuda médica, conta Carmona.

As mulheres também responderam a questionários sobre se consideravam sua experiência de parto difícil. Estudos anteriores mostraram que “uma experiência de parto negativa está associada a aumentos nos índices de depressão”, afirma Carmona. Ela disse que experiências difíceis de parto não eram necessariamente partos desafiadores do ponto de vista médico, mas poderiam ser partos sem complicações que as mulheres percebiam como estressantes devido a fatores como funcionários rudes do hospital.

Laura Pritschet, uma pesquisadora de pós-doutorado em psiquiatria na Universidade da Pensilvânia que não estava envolvida no estudo, chamou os resultados de "realmente fascinantes", acrescentando que eles apontam o caminho para pesquisas futuras "tentando descobrir quais áreas do cérebro estão mudando mais em relação a uma variedade de desfechos após o parto, como humor, ansiedade e depressão".

Pritschet, que escreveu um artigo com Shanmugan na mesma edição do periódico que defende pesquisas para determinar assinaturas cerebrais individualizadas da depressão perinatal, disse que as descobertas do novo estudo ajudam a identificar um roteiro para, eventualmente, melhorar a previsão, o diagnóstico e o tratamento da depressão pós-parto.

"Se rotineiramente mostramos que certas áreas do cérebro estão implicadas, o que fazemos? Como podemos intervir precocemente?” questiona. “Qual é a quantidade normal de alteração? Por que essa área pode ser vulnerável? Muitas perguntas interessantes para fazer a seguir.”

Fonte: Folha de Pernambuco.

Começa nesta segunda reembolso de descontos indevidos do INSS


 

A partir desta segunda-feira (26), aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que tiveram desconto de mensalidade associativa na folha de pagamentos de abril, vão receber de volta os valores cobrados indevidamente. Ao todo serão estornados de R$ 292 milhões.

Conforme nota do instituto publicada na última semana, “no final de abril, o INSS determinou a suspensão de todos os descontos desse tipo. Porém, como a folha de pagamentos referente àquele mês já estava fechada, os descontos ainda foram realizados nos pagamentos feitos entre 24 de abril e 8 de maio.”

Por decisão do governo federal, o INSS e não repassou os valores às entidades associativas, e a devolução será feita junto com o pagamento regular dos benefícios – de 26 de maio a 6 de junho.

“Para isso, o beneficiário não precisa tomar nenhuma providência”, garante o instituto.

Na nota, o INSS publica calendário de pagamento da devolução e alerta para as tentativas de golpe lembrando que as informações sobre aposentadorias e pensões são repassadas diretamente pelo portal Meu INSS.

Caso o aposentado ou pensionista queira reaver mensalidades cobradas indevidamente em período anterior deve informar no Meu INSS ou pelo telefone 135.

O INSS afirma que “vai acionar a entidade para que comprove a autorização. Caso não haja comprovação, a entidade deverá devolver os recursos ao Instituto, que posteriormente fará o repasse ao beneficiário. A devolução será feita pelo INSS, pelo mesmo meio que faz os pagamentos regulares – seja conta bancária ou cartão magnético.”

Fonte: Diário de Pernambuco.

Senado aprova novo marco para o licenciamento ambiental no país


 

O Senado aprovou nesta quarta-feira (21), com 54 votos favoráveis e 13 contrários, o projeto de lei (PL 2.159/2021) que estabelece um novo marco legal para o licenciamento ambiental no Brasil. A proposta determina as diretrizes para o licenciamento ambiental e sua aplicação pelos órgãos responsáveis, além de flexibilizar a necessidade da licença em alguns casos.

Como o texto foi alterado pelos senadores, ele retorna à Câmara dos Deputados para nova análise. A proposta está em discussão há 21 anos, tendo tramitado 17 anos na Câmara dos Deputados e quatro anos no Senado.

O texto aprovado dispensa de licenciamento ambiental atividades que não ofereçam risco ambiental ou que precisem ser executadas por questão de soberania nacional ou de calamidade pública. Também isenta de licenciamento os empreendimentos agropecuários para cultivo de espécies de interesse agrícola, além de pecuária extensiva, semi-intensiva e intensiva de pequeno porte.

Foi instituída ainda a Licença por Adesão e Compromisso (LAC), destinada a atividades ou empreendimentos de pequeno ou médio porte e de baixo ou médio potencial poluidor. A licença poderá ser expedida mediante uma autodeclaração de adesão e compromisso do empreendedor, com os requisitos preestabelecidos pela autoridade licenciadora.

A relatora do projeto, senadora Tereza Cristina (PP-MS), disse que o objetivo da proposta é licenciar as obras no país com mais clareza, eficiência e justiça. Segundo ela, o marco regulatório atual, com regras sobrepostas, trava iniciativas importantes e desestimula investimentos responsáveis.

“A proposta não enfraquece o licenciamento ambiental, muito pelo contrário. Ela reafirma o compromisso com o rigor técnico, exige estudos de impacto ambiental, audiências públicas e avaliações trifásicas para grandes obras. E até dobra a pena para quem desrespeitar a legislação”, disse, salientando que hoje existem mais de 27 mil normas ambientais no país.

Contrária ao projeto, a senadora Leila Barros (PDT-DF) lembrou que a defesa do meio ambiente é uma exigência da comunidade internacional.

“O Brasil hoje vive neste momento uma reconquista de sua credibilidade ambiental. Essa imagem positiva se converte em oportunidades reais para nosso país, em termos diplomáticos e econômicos”, alertou.

Penalidades


Atualmente, a legislação estabelece que o crime de construir ou reformar obras ou serviços poluidores sem licença ambiental gera pena de prisão de um a seis meses. Os senadores aumentaram a pena para seis meses a dois anos ou multa, ou ambas cumulativamente.

“Crime ambiental continua sendo crime, não estamos mudando nada. E a supressão de qualquer vegetação nativa sem licença continua sendo proibida”, disse Tereza Cristina.

Desestruturação
Em nota divulgada nesta quarta-feira (21), o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) diz que o PL representa desestruturação significativa do regramento existente sobre o tema e representa risco à segurança ambiental e social no país.

“A proposta terá impacto negativo para a gestão socioambiental, além de provocar, possivelmente, altos índices de judicialização, o que tornará o processo de licenciamento ambiental mais moroso e oneroso para a sociedade e para o Estado brasileiro”, avalia o MMA.

Segundo a pasta, um dos pontos mais críticos do PL é a aplicação da Licença por Adesão e Compromisso, modalidade simplificada de licenciamento baseada na autodeclaração do empreendedor.

“Na prática, o texto permitiria o uso da LAC para um percentual expressivo de empreendimentos que atualmente são licenciados. Além disso, esses empreendimentos seriam monitorados por amostragem, dispensando a necessidade de fiscalização, pelo órgão ambiental, de todos os empreendimentos licenciados por essa modalidade”, diz a nota.

Organizações ambientais sustentam que o projeto representa o maior retrocesso em matéria de legislação ambiental desde a Constituição de 1988. Outra crítica à proposta é a exclusão de licenciamento para atividades agropecuárias.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Com popularidade em queda, governo muda as regras da tarifa social de energia


 

Em um momento de baixa popularidade de seu governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem uma medida provisória (MP) que reforma o setor elétrico e amplia descontos nas contas de luz para consumidores de baixa renda. Além disso, cria um mecanismo para reduzir as tarifas de clientes que hoje não são beneficiados pela política.

O custo das benesses deve ser assumido especialmente pela indústria, que precisará pagar novos encargos.

O texto foi apresentado a parlamentares em reunião no Palácio do Planalto, numa tentativa do governo de angariar apoio sobre o tema. Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), participaram. No encontro, Lula disse que o Congresso tem a prerrogativa de alterar as propostas enviadas pelo Executivo:

— Eu sempre que digo a seguinte frase: melhorar sempre, piorar, jamais.
Quando foi anunciada, a reforma causou divergências públicas entre os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, por causa do temor sobre o impacto nos gastos do governo. Mas o Ministério de Minas e Energia (MME) tratou logo de dizer que os recursos viriam de cortes de subsídios e da realocação de custos.

A tarifa social continua sendo destinada a famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) que tenham renda mensal de até meio salário mínimo per capita; para pessoas com deficiência ou idosos que recebam o Benefício de Prestação Continuada (BPC); e para famílias indígenas e quilombolas do CadÚnico.

Pelo novo modelo, passa a ter gratuidade na conta de luz o consumo mensal de até 80 quilowatts-hora (kWh) por mês. Se consumir mais do que isso, o cliente pagará o excedente. Por exemplo, se a conta é de 100 kWh, vai pagar 20 kWh no mês. O consumo médio mensal de todos os lares do país é de cerca de 180 kWh.

Atualmente, em torno de 60 milhões de pessoas se enquadram nesses perfis, segundo o governo. A estimativa é que, com a medida, 16 milhões tenham a conta zerada e 44 milhões sejam beneficiados com um desconto maior. Nas regras de hoje, a tarifa social é aplicada de forma escalonada. As mudanças passam a valer a partir de junho.

Em outra frente, o governo criou o que chama de desconto social de energia elétrica. Com ele, terá isenção da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE, um superfundo que reúne os subsídios do setor) quem consome até 120 kWh por mês, desde que a família esteja no CadÚnico e tenha renda por pessoa de meio a um salário mínimo.

A isenção da CDE dará um desconto de 12% na conta. Com o mecanismo, mais 21 milhões de famílias podem ser beneficiadas (55 milhões de pessoas).

A ampliação da tarifa social e a criação do mecanismo de desconto custariam em torno de R$ 4,5 bilhões por ano. Para compensar o custo, o governo propôs a inclusão de grandes consumidores na base de pagantes da eletricidade gerada pelas usinas nucleares Angra 1 e 2, mudanças no rateio da CDE e a limitação dos subsídios para transmissão de energia eólica e solar.

O ministro Silveira defendeu as medidas compensatórias:

— Quem compreender o todo da reforma vai ver que a conta vai cair numa correção de alguns incentivos que foram dados.

A indústria reagiu. A Abrace, associação que representa grandes consumidores de energia, disse que é uma política anti-industrial, com consequências “graves” para a economia.

— Estamos conversando com o governo e vamos iniciar as tratativas com o Congresso para que os benefícios da redução da conta de energia alcancem também o preço dos produtos feitos no país, que carregam grande parte dos custos da energia usada na produção — disse Paulo Pedrosa, presidente da Abrace.

Aumento no consumo

A mudança na tarifa social vem após um aumento de 30%, entre 2017 e 2024, no consumo das famílias beneficiadas. A alta foi puxada, principalmente, pela maior presença de eletrodomésticos nos lares e pelas ondas de calor, que aumentaram o uso de ventiladores e aparelhos de ar-condicionado. Em 2024, a média mensal do consumo dos beneficiários da tarifa social foi de 154 kWh por mês — acima da nova faixa de isenção proposta.

A análise foi feita pela consultoria PSR. A diretora técnica Angela Gomes disse que a proposta do governo é meritória do ponto de vista social, e que vai trazer um grande alívio para o orçamento das famílias:

— O volume de energia consumido por essa população aumentou. O peso da fatura de energia no orçamento dessas famílias, que são muito pobres, aumentou, e é preciso que isso seja recalibrado.

Para o professor Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, subsídios como a tarifa social podem gerar distorções. São complexos de gerir e sem garantia de que os resultados sejam os mais eficientes. O professor defende a transferência direta de renda às famílias mais pobres como uma alternativa mais eficaz:

— Os subsídios tendem a elevar o consumo por uma distorção do mercado, gerando mais ineficiência na economia, e são complexos de fiscalizar e de implementar.

Fonte: Folha de Pernambuco.

Gripe aviária: pode comer ovo? Quais os sintomas? E a letalidade? Tire suas dúvidas


 

Na última semana, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou o primeiro caso de gripe aviária em granjas comerciais do Brasil. Desde que o vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) foi detectado no país, em maio de 2023, o agente estava restrito a aves silvestres.

O caso foi identificado num estabelecimento em Montenegro, município do Rio Grande do Sul, e medidas como o abatimento dos animais foram tomadas para evitar a disseminação do vírus. Um caso humano chegou a ser cogitado, de um trabalhador da granja, mas foi descartado.
Abaixo, entenda em 7 perguntas e respostas as principais dúvidas e os riscos da gripe aviária no Brasil.

1.       O que é gripe aviária?

A gripe aviária diz respeito a um conjunto de cepas do vírus influenza que geralmente circulam entre aves, mas causam casos esporádicos em outras espécies. No Brasil, foi detectada pela primeira vez em maio de 2023 em aves silvestres.

2.       A gripe aviária infecta humanos?

Não existe registro de disseminação da gripe aviária entre humanos. No entanto, pessoas são contaminadas esporadicamente devido ao contato com o animal infectado. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2003 até o fim do ano passado foram registrados 939 casos humanos de gripe aviária em 24 países, dos quais 464 evoluíram para a morte (49%).

Um caso humano suspeito chegou a ser analisado no Brasil, nesta semana, de um trabalhador da granja comercial onde foi confirmada a doença, no Rio Grande do Sul. Mas testes realizados na Fiocruz descartaram o vírus, informou o Ministério da Saúde na terça-feira.

Nos Estados Unidos, que vive hoje um surto de gripe aviária inédito entre vacas leiteiras, há 70 casos em humanos confirmados desde março do ano passado, 41 deles em trabalhadores rurais expostos ao gado, e uma morte.

3.       Qual o risco hoje para a população brasileira?

— A transmissão para os humanos é esporádica e ocorre principalmente pelo contato de pessoas que têm ocupação no manuseio, no contato com esses animais, que têm um risco moderado. Mas para a população geral esse risco é muito baixo — reforça a virologista e professora da Universidade de São Paulo (USP) Helena Lage, que trabalha na resposta à gripe aviária no Brasil.

Rosana Richtmann, médica do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, explica que seria preciso que o vírus passasse por alguns processos evolutivos para conseguir se disseminar entre pessoas:

— Nós não somos bons para esse vírus, não temos receptores para ele. Então primeiro teria que haver um contato maior entre o humano e as aves, por isso que as pessoas que trabalham nesses locais estão sob maior risco. E, uma vez que o humano tenha esses casos, o vírus precisaria de mutações para poder ser transmitido de pessoa para pessoa.

Mas o temor de que isso aconteça e desencadeie uma nova pandemia tem crescido, já que a expansão do vírus entre espécies e países favorece a ocorrência das mutações que podem o levar a ter uma maior afinidade com os seres humanos.

— Um caso de coinfecção de gripe aviária com H1N1, que é o vírus que está circulando hoje entre humanos, por exemplo, é um risco porque a mesma pessoa com esses dois vírus pode funcionar como um "laboratório" para que eles se combinem e criem pequenas mutações. Daí sim teríamos uma gripe aviária que se adaptou a humanos — cita Rosana.

Por isso, ela explica que as medidas mais importantes agora são as do uso do equipamento de proteção por trabalhadores que atuam com o manuseio desses animais. Além disso, indivíduos que tiveram contato com aves doentes e que manifestem sintomas gripais devem procurar ajuda imediatamente.

Para a população geral, algo positivo que a infectologista sugere é garantir a vacinação contra a gripe humana, disponível nos postos de saúde, para reduzir o risco desse cenário de coinfecção.

4.       Há risco no consumo de frango ou ovos?

O Mapa e o Ministério da Saúde reforçam que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves nem de ovos, “não havendo qualquer restrição ao seu consumo”. Além disso, o vírus foi detectado em um lote de matriz comercial, ou seja, em aves criadas para reprodução, que não têm o destino direto para o consumidor.

De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), as aves infectadas expelem o vírus por meio de sua saliva, mucosas e fezes. Por isso, humanos podem ser contaminados quando o vírus entra nos olhos, nariz ou boca ou é inalado pelo contato próximo.

Isso pode ocorrer quando o vírus está no ar em gotículas pelo contato próximo ao animal ou quando uma pessoa toca em algo contaminado e depois encosta na boca, nos olhos ou no nariz.

5.       Quais os sintomas da gripe aviária em humanos? Há tratamento?

Ainda segundo os CDC, embora raro, quando um humano contrai a gripe aviária, os sintomas costumam envolver:

Vermelhidão ocular (conjuntivite);

Sintomas respiratórios superiores leves semelhantes aos da gripe;

Pneumonia que requer hospitalização;

Febre ou sensação de febre*;

Tosse;

Dor de garganta;

Nariz escorrendo ou entupido;

Dores musculares ou no corpo;

Dores de cabeça;

Fadiga ou Falta de ar ou dificuldade para respirar.

Outros sinais e sintomas menos comuns incluem diarreia, náusea, vômito ou convulsões. A febre nem sempre está envolvida.

O tratamento da gripe aviária pode envolver o medicamento antiviral usado para a gripe humana oseltamivir, conhecido pelo nome comercial “Tamiflu”. Quando usado, ele é tomado por via oral duas vezes ao dia por 5 dias, nos casos de pacientes que não estão doentes o suficiente para serem hospitalizados.

Já os que precisam ser internados podem utilizar o remédio por mais de 5 dias, segundo os CDC, de acordo com a devida avaliação médica da gravidade do caso.

6.       A vacina contra a gripe protege contra a gripe aviária?

A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) Flávia Bravo explica que as doses contra a gripe humana disponíveis hoje nos postos de saúde não são eficazes contra a versão aviária:

— A versão do vírus Influenza não é a mesma. As cepas da gripe aviária ainda são muito restritas às aves e têm diferenças para a da Influenza humana, que é o alvo da vacina.

7.       Existem vacinas para a gripe aviária?

Existem algumas vacinas antigas aprovadas para uso em caso de emergência e outras em desenvolvimento. Nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA) já aprovou três imunizantes destinados à cepa H5N1 da gripe aviária desde 2007. As doses foram criadas por farmacêuticas que também produzem a vacina contra a gripe humana: CSL Seqirus, GSK e Sanofi.

Elas não podem ser comercializadas para o público geral, apenas adquiridas pelo governo para o estoque no caso de um surto. Há ainda novas doses em desenvolvimento, como uma pela Moderna de RNA mensageiro, a mesma tecnologia utilizada na dose para a Covid-19.

Países como EUA e as nações da União Europeia estão mais avançados na criação de estoques para caso o vírus provoque uma pandemia humana. Mas a Finlândia foi o primeiro país a de fato oferecer a dose à população, ainda em junho do ano passado, quando passou a imunizar trabalhadores que têm contato com animais.

No Brasil, nenhuma dose tem aprovação da Anvisa, mas, em abril do ano passado, a agência criou regras para o registro e atualização de vacinas pré-pandêmicas contra a gripe aviária. Segundo a norma, as empresas podem protocolar o registro de doses que apenas precisem ser atualizadas na hora de uma eventual emergência sanitária.

Neste ano, o Ministério da Saúde anunciou uma parceria com o Instituto Butantan para a fabricação e o acesso a uma vacina contra a gripe aviária para humanos em desenvolvimento na instituição paulista. De acordo com a pasta, a capacidade produtiva será superior a 30 milhões de doses anuais, o que poderá permitir a criação de um estoque estratégico para o caso de um surto.

A dose começou a ser desenvolvida ainda no começo de 2023 e já foram conduzidos os testes pré-clínicos (em laboratório com animais). Agora, o instituto aguarda a liberação da Anvisa para o início dos estudos clínicos, com humanos.

— Quando acontecer a transmissão entre humanos e de forma sustentada teremos um problema grande, como foi com o surto de H1N1, que ficou conhecido como gripe suína. Quando isso acontece, temos o risco de pandemia porque é um vírus novo para a população, não temos um arsenal imunológico para brigar com ele. Por isso, existem essas estratégias para bloquear com rapidez o vírus caso isso aconteça — afirma Flávia, da SBIm.

Fonte: Folha de Pernambuco.

INSS vai pagar R$ 60 mil a crianças com deficiência causada por zika; veja quem tem direito



O governo federal publicou, nesta terça-feira (20), uma portaria que garante indenização de R$ 60 mil em parcela única para crianças com deficiência causada pela infecção por zika vírus durante a gestação.

Poderão receber o valor crianças nascidas entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2024, com até 10 anos de idade.

O pedido deve ser feito pelas famílias ao INSS, preferencialmente pelo aplicativo Meu INSS.

O prazo para solicitação vai até 31 de outubro de 2025.

INSS fará análise dos pedidos até o fim de 2025

A portaria foi publicada conjuntamente pelo INSS, Ministério da Previdência Social e Ministério da Saúde.

Segundo o documento, o INSS será responsável por analisar e processar os pedidos até dezembro deste ano.

A Previdência Social ficará encarregada de realizar exames para verificar se a deficiência da criança tem relação com a infecção da mãe pelo zika vírus durante a gestação.

Documentos exigidos:

  • Certidão de nascimento da criança
  • Documento de identidade da mãe
  • Laudos médicos que indiquem sinais da síndrome congênita do zika

Indenização foi criada após veto a projeto aprovado no Congresso

O pagamento de R$ 60 mil foi instituído em janeiro de 2025 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio da Medida Provisória 1.287/2025.

A MP foi publicada em paralelo ao veto presidencial ao Projeto de Lei 6.064/2023, de autoria da senadora Mara Gabrilli (PSD-SP).

O PL previa indenização de R$ 50 mil por danos morais e pensão vitalícia mensal no valor do teto do INSS (R$ 8.157,41).

Segundo o governo, o projeto contrariava a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de Diretrizes Orçamentárias, por não indicar o impacto financeiro e fonte de custeio.

Pensão vitalícia da Lei 13.985/2020 continua valendo

A indenização de R$ 60 mil não interfere na pensão prevista pela Lei 13.985/2020, que segue vigente.

Essa legislação garante pensão vitalícia de um salário mínimo para crianças com síndrome congênita do zika nascidas entre 2015 e 2019.

 

O que é a síndrome congênita do zika vírus?

A síndrome congênita associada ao zika vírus (SCZ) é um conjunto de anomalias provocadas pela infecção do feto durante a gestação. Entre os efeitos estão:

  • Microcefalia
  • Deficiências visuais e auditivas
  • Alterações neurológicas e no desenvolvimento psicomotor

O surto da síndrome foi identificado em 2015, quando houve aumento nos casos de microcefalia no Brasil.

A situação foi considerada uma Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional e Internacional.

Fonte: Jornal do Commercio.

INSS: mais de 1,7 milhão de aposentados solicitaram reembolso


 

Mais de 1,74 milhão de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) solicitaram reembolso de descontos não autorizados feitos por entidades associativas, conforme balanço divulgado nesta terça-feira (20). Os dados foram contabilizados até as 17h de hoje.

De acordo com o INSS, 35.854 segurados informaram ter autorizado os descontos em seus benefícios.

No total, 1.784.528 beneficiários realizaram consultas. A maioria (91,6%) consultou se houve ou não o desconto pelo aplicativo Meu INSS. Os demais segurados usaram a central telefônica 135.

São 41 entidades associativas contestadas em todos esses lançamentos, abrangendo todas que têm ou tinham algum credenciamento com o órgão para fazer o desconto.

Cerca de 9 milhões de segurados foram notificados sobre descontos por entidades e associações. Com a notificação, é possível saber o nome da entidade à qual o aposentado ou pensionista que teve desconto, por meio do serviço Consultar Descontos de Entidades Associativas, disponível no aplicativo.

O prazo para solicitar o reembolso é indeterminado.

Os descontos dos aposentados e pensionistas são alvo de investigação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que apuram a atuação de organizações criminosas para fraudar os benefícios previdenciários, associando de forma não autorizada os segurados do INSS.

Alerta de golpes

O INSS alerta que não faz ligações telefônicas ou envio de mensagens SMS, por e-mail, WhatsApp ou outro canal diferente dos oficiais para informar sobre os descontos de entidades associativas.

As informações serão divulgadas pelos meios oficiais do instituto: site do INSS e redes sociais oficiais do INSS com o símbolo de conta verificada.

Em caso de dúvidas, o cidadão deve ligar para a central de teleatendimento 135.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Mais de 152 mil eleitores têm o título cancelado em Pernambuco


Em Pernambuco, 152.415 eleitores tiveram o título cancelado, segundo informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na última terça-feira (20), devido à ausência em três turnos consecutivos, sem justificar a falta ou pagar as multas.

Essas pessoas agora estão impedidas de tirar CPF ou passaporte, realizar matrícula em instituições de ensino e tomar posse em cargos públicos, além de não poderem votar e se candidatar nas eleições.

Esses eleitores, contudo, ainda têm uma última chance de regularizar sua inscrição eleitoral. Para isso, é necessário comparecer a um cartório eleitoral ou acessar o autoatendimento na internet e fazer um requerimento.

Caberá ao juízo eleitoral decidir se afasta ou não o cancelamento, baseado na documentação anexada ao processo.

Como o cancelamento não é notificado individualmente, o cidadão pode acessar o Autoatendimento Eleitoral ou o e-Título para consultar sua situação, acessando a opção “7 - Consultar situação eleitoral” no menu inicial.

Os eleitores com pendências que têm a biometria coletada podem solicitar a regularização diretamente nos canais digitais do TSE, basta selecionar a opção “6. Regularize seu título eleitoral cancelado”, informar os dados pedidos e enviar a documentação solicitada.

As pessoas sem cadastro biométrico precisarão comparecer a um cartório ou central de atendimento do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Para atendimento presencial, é necessário agendar no site do TRE-PE - na seção tipo de serviço, escolha “Revisão”.

No Brasil, 5.308.871 milhões de pessoas estão com título irregular. A partir de 30 de maio, quem não tiver tomado nenhuma providência terá o título cancelado definitivamente.

Fonte: Diário de Pernambuco.


Pernambuco é um dos estados que mais adota crianças no Brasil


 

No mês em que se celebra o Dia Nacional da Adoção, Pernambuco se destaca como líder na região Nordeste em adoções.

De acordo com o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), existem atualmente 879 candidatos e 134 crianças aptas à adoção no estado.

Em 2024, foram realizadas 230 adoções pelo SNA em Pernambuco, contribuindo para um total de 5.381 no Brasil.

A preferência por crianças mais novas é evidente entre os pretendentes à adoção, com 31,7% buscando crianças de 2 a 4 anos e 30,8% de 4 a 6 anos.

Em contrapartida, apenas 3,8% dos pretendentes estão dispostos a adotar crianças de 8 a 10 anos, e apenas 2,3% consideram adolescentes na faixa etária de 12 a 14 anos.

A iniciativa "Adote um Pequeno Torcedor", desenvolvida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), teve um impacto significativo ao divulgar perfis de crianças em parceria com o Sport Club do Recife.

Embora a campanha não esteja mais ativa, a ferramenta Busca Ativa continua promovendo adoções, tendo facilitado cerca de 400 adoções desde sua reformulação em 2016.

O Programa Ciranda Conviver, atualmente integrado ao TJPE, visa garantir o direito à convivência familiar e comunitária para crianças em acolhimento.

A Busca Ativa dentro desse programa já atraiu quase 400 pretendentes interessados em adotar conjuntos de irmãos, exemplificando o compromisso do tribunal em facilitar adoções que preservem laços fraternos.

Como iniciar o processo de adoção?

O primeiro passo que a pessoa interessada em adotar uma criança e/ou adolescente no Brasil

deve efetivar é acessar e fazer o pré-cadastro no site do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento do Conselho Nacional de Justiça.

Ao finalizar esse procedimento, deve anotar/salvar o código fornecido pelo Sistema.

Na sequência, os interessados e interessadas devem buscar informações sobre os documentos e procedimentos necessários na Vara da Comarca onde você reside (por telefone ou pelo app TJPE Atende).

Nas unidades judiciárias são cumpridas todas as etapas para a habilitação dos candidatos a pais e mães.

É válido ressaltar que a idade mínima para se habilitar à adoção é 18 anos, independentemente do estado civil, desde que seja respeitada a diferença de 16 anos entre quem deseja adotar e a criança a ser acolhida.

Em seguida, deve ser feita a preparação de pretendentes à adoção.

A capacitação de 12 horas/aula pode ser feita no formato de Ensino a distância ou presencial. Outras orientações são fornecidas pela Vara judiciária.

Concluída a preparação, deve ser realizado o requerimento de adoção.

Para isso, os requerentes devem anexar o certificado de conclusão do curso e os demais documentos indicados pela unidade judiciária.

O protocolo é efetuado no setor de Distribuição de cada comarca.

Após o trâmite processual, se o pedido for acolhido pelo juiz ou juíza, o nome dos requerentes serão inseridos no Sistema Nacional de Adoção.

Quando for encontrada uma família para uma criança ou adolescente, inicia-se a fase de aproximação e convivência.

Verificada a viabilidade da adoção pela equipe técnica da unidade judiciária, o juiz ou a juíza dá a sentença, determinando que seja feito um novo registro de nascimento e que seja cancelado o anterior.

Também é possível obter informações completas sobre como adotar no site da Coordenadoria da Infância e Juventude do TJPE.

Fonte: Folha de Pernambuco.

INSS: apenas 1,8% de 1,5 milhão de pessoas autorizaram descontos


 

Até este domingo (18/5), 1,557 milhão de pessoas consultaram o Meu INSS para averiguar descontos de entidades associativas. Desse total, apenas 28,3 mil (1,82%) validaram as subtrações, enquanto 1,528 milhão apontaram débitos indevidos nos pagamentos das aposentadorias e pensões.

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está no quinto dia de consulta para beneficiários solicitarem devoluções de valores desviados no esquema de fraude revelado pelo Metrópoles.

De acordo com o balanço deste domingo, a plataforma Meu INSS registrou 46,4 milhões de acessos, sendo 7,6 milhões para verificar descontos. Desse total, 3,8 milhões não identificaram subtração nos pagamentos.

Em entrevista, o presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, salientou que os beneficiários poderão verificar o valor do desconto feito, assim como a associação responsável pela cobrança. De acordo com o instituto, cerca de 9 milhões de pessoas sofreram descontos nas folhas de pagamento no período investigado.

“Ao falar que ele não concorda [com o desconto efetuado pela associação], não precisa juntar documento algum. Não precisa preencher nada. Ele vai falar: ‘Esse desconto eu não reconheço’”, explicou Waller. Dessa forma, o ônus de apresentar a prova da adesão fica com a entidade.

O valor será devolvido pelas associações diretamente ao INSS, que repassará o montante às contas dos beneficiários. Caso o aposentado negue ter autorizado o desconto, a associação será acionada e terá 15 dias para comprovar o vínculo. Se não conseguir, deverá restituir o valor ao beneficiário. Segundo as investigações da PF, há indícios de que muitas assinaturas foram fraudadas.

“Ela [associação] vai fazer um depósito identificado por meio de uma GRU [Guia de Recolhimento da União] específica ao INSS. E esse valor vai ser repassado ao segurado pela conta de benefício, por meio de folha suplementar”, esclareceu o presidente do INSS.

Fonte: Jornal Metrópole.

Mais de 20 acusados se tornaram réus pela tentativa de golpe de estado


 

A fase de análise do Supremo Tribunal Federal (STF) das denúncias protocoladas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os acusados de golpe de estado e outros diversos crimes após a vitória do presidente Lula (PT) em 2022 está chegando ao fim. Ao todo, foram 34 pessoas apontadas como participantes dos atos golpistas, sendo divididas em cinco núcleos. Destes, 21 já se tornaram réus.

Até o momento, o STF já aceitou as denúncias da PGR sobre os núcleos 1, 2 e 4, restando apenas a análise sobre os núcleos 3 e 5. Nesta terça-feira (20) e quarta-feira (21), a Primeira Turma do STF vai decidir se os 11 militares e um policial federal integrantes do núcleo 3 viram réus no processo. Eles sendo acusados de planejar “ações táticas” para executar o plano golpista.

A data do julgamento do núcleo 5 ainda não foi marcada, pois o empresário Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, neto do ex-presidente João Figueiredo e único acusado do núcleo 5, reside fora do Brasil e não foi localizado para ser notificado.

De acordo com o cientista político Felipe Ferreira Lima, a divisão em núcleos serve para julgar o caso com mais eficiência. “Quando um tribunal ou órgão colegiado vai julgar crimes onde participaram várias pessoas em coautoria, ele subdivide aquele crime em núcleos, colocando pessoas que cometeram o mesmo crime no mesmo grupo. É mais uma questão de organização dos tribunais, do que algo previsto na lei”, explica.

 Entenda os próximos passos

Com a aprovação de todas as denúncias pelo STF até agora, os 21 acusados se tornaram réus do processo criminal que se iniciará para julgar os atos de 8 de janeiro de 2023. “A partir disso, vamos ter a colheita de provas, a contestação oficial de cada um dos réus, depoimentos de testemunhas para, então, chegar ao julgamento que pode levar à condenação ou à absolvição”, indica Felipe Ferreira.

O cientista político ainda aponta que as acusações são gravíssimas e estão amparadas por muitas provas contundentes reunidas pela Polícia Federal. “A denúncia da PGR trouxe um rol de documentos, depoimentos e provas que apontam para o cometimento dos crimes. Não vejo um cenário para absolvição total de nenhum dos acusados, mas acredito que alguns deles podem ter uma pena menor do que se esperava, por exemplo. Vai depender da análise de cada caso”, avalia.

Fonte: Diário de Pernambuco.

Temer diz que não procurou Bolsonaro, mas que ele pode ser incluído em aliança de governadores


 

O ex-presidente Michel Temer disse que o também ex-presidente Jair Bolsonaro pode ser incluído em uma articulação para a eleição de 2026 envolvendo governadores de oposição caso os envolvidos concordem.

A fala acontece depois de Temer sugerir uma união por 2026 sem citar o nome de Bolsonaro, o que provocou a reclamação de nomes da oposição ligados ao bolsonarismo.

– Eu falei aquilo quase acidentalmente. Os governadores foram me procurar e eu simplesmente disse a todos: “Olha, o Brasil precisa de projeto. Como vocês são governadores, poderiam chamar uma reunião para ter um projeto comum em nome do Brasil. Depois vocês decidem quem vai ser candidato ou não. Se vocês estão muito ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro e se ele quiser, ele incorpora o programa de vocês”. Não estou preocupado com pessoas, me preocupo com a falta de projeto, com a falta de programa – declarou Temer ao Globo.

O emedebista disse que conversou sobre a ideia de uma aliança para a eleição presidencial e de um programa conjunto com os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Eduardo Leite (PSD-RS), Ratinho Júnior (PSD-PR), Ronaldo Caiado (União-GO) e Romeu Zema (Novo-MG).

No último domingo, em entrevista ao programa Canal Livre, da Band, já havia falado sobre a aliança entre os governadores para se fortalecerem contra uma tentativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de se reeleger. A falta de menção a Jair Bolsonaro fez com que o emedebista fosse bastante criticado.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chegou a dizer ao Globo que fica “sem entender como alguém experiente como o ex-presidente Temer imagina um projeto eleitoral de direita sem o Bolsonaro”.

Perguntado sobre os embates envolvendo Bolsonaro, Temer disse que “não há nome e nem contranome”.

– Houve uma repercussão até surpreendente para mim, mas isso significa que as pessoas querem isso. O povo quer um projeto, um programa. Não tem nome e nem contranome, mas programa e contraprograma, isso é o que vale a pena.

O emedebista declarou ainda que não conversou com Jair Bolsonaro sobre o assunto.

– Eu não estou procurando ninguém. Acho um equívoco essa história toda porque eles (os governadores) me procuraram, naquela delicadeza de pedir conselho. Eu disse: “Vocês sabem muito mais do que eu, mas a única coisa posso dizer é que, o que eu ouço de todo mundo, é que o Brasil quer um programa, um projeto para que na próxima eleição não seja apenas nome e contranome e seja programa contra programa.

De acordo com Temer, a ideia é que o programa que pode ser elaborado em conjunto entre os governadores seja “uma espécie de Ponte para o Futuro 2”, que foi uma série de medidas com foco na redução do papel do Estado nas atividades econômicas adotadas durante o governo do emedebista.

– Eu acabei de falar com eles (governadores) e eles vão se reunir para saber. Cada um tem suas individualidades. É uma espécie de Ponte para o Futuro 2. O meu governo deu certo porque eu tinha um programa, que era o Ponte para o Futuro.

Fonte: Folha de Pernambuco.

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